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O Comitê Gestor de Áreas de Risco - CGAR, da Prefeitura de Contagem, se reuniu nesta quinta-feira (4/11), para fazer um balanço dos últimos eventos e planejar as próximas ações para o enfrentamento do período chuvoso. A previsão de chuva, para os próximos 15 dias, indica precipitações para os dias 8 e 9/11, com um volume de, aproximadamente, 55 milímetros, e requer articulação das instituições e órgãos envolvidos no grupo.

Durante a reunião, a subsecretária de Proteção e Defesa Civil, Ângela Gomes, avaliou as ações coordenadas pelo comitê nas últimas chuvas. “Nós conseguimos dar uma resposta satisfatória aos eventos ocorridos. Mas podemos melhorar e até mudar os protocolos que já temos. Sempre que as dimensões do nosso desafio aumentarem, nós podemos melhorar o que já fazemos”, afirmou.

A Prefeitura está finalizando o Plano de Contingência – Plancon, que prevê toda a política do município para enchentes. De acordo com o plano, com o registro de 50 milímetros de chuva, o Gabinete de Crise do comitê é acionado e todos os órgãos são chamados a agirem de forma conjunta. “Quando a chuva é intensa, o nosso trabalho é isolar a área, impedindo o trânsito de pessoas e veículos no local. Em uma área de altíssimo risco hidrológico, por exemplo, como a avenida Tereza Cristina, esta é a solução”, informou Ângela.

Segundo a subsecretária, na altura da Vila São Paulo, na avenida Tereza Cristina, por exemplo, há sinalização de trânsito, identificando como área de alto risco de inundação, mas falta conscientização das pessoas para seguir os códigos. “É preciso que a população preste atenção à sinalização de risco de inundação e se proteja evitando trafegar nesses locais quando estiver chovendo. Estamos falando de áreas de altíssimo risco, com 10% de chance de salvamento. Por isso, é tão importante o trabalho preventivo, pois ele salva vidas”, ressaltou.

Outro elemento importante no trabalho preventivo da Prefeitura, é a criação, reforço e a capacitação dos Núcleos de Proteção e Defesa Civil - Nupdecs, nas comunidades. São eles que recebem os alertas de chuva da Defesa Civil e repassam as informações para toda comunidade. Atualmente, a Prefeitura possui 31 núcleos em toda a cidade.

Representantes das regionais, presentes na reunião, elogiaram o trabalho preventivo realizado pela Prefeitura, como a execução de obras de contenção, monitoramento constante das áreas, limpezas de bocas-de-lobo e dos córregos. Estas ações foram capazes de minimizar o risco e diminuir a incidência de acidentes.

Após a chuva da última segunda-feira (1º/11), nas áreas de risco alto e muito alto, muitas famílias estão em alerta, e o número de vistorias solicitadas para a Defesa Civil aumentou bastante. Após a vistoria, o trabalho da Defesa Civil é encaminhar as demandas para os órgãos executores da Política de Gestão de Risco do município. Este atendimento é feito somente para as famílias residentes em Áreas de Interesse Social - AIS. A Prefeitura não pode atuar, do ponto de vista legal, em áreas particulares.

Próximas ações

O próximo passo do comitê é a criação de protocolos de atuação e de rotas de fuga para as demais áreas de risco alto e muito alto da cidade. A região da Tereza Cristina já tem o seu protocolo. No local, também já foram realizados dois simulados de atuação em caso de chuva forte.

A criação dos novos protocolos terá a participação de técnicos da Defesa Civil, Transcon, Guarda Civil, bombeiros e das regionais, que vão ajudar na orientação e no acesso às áreas de risco. Os protocolos serão desenhados a partir dos novos mapas de risco hidrológico e geológico produzidos pela Defesa Civil. Os Nupdecs também participarão desse trabalho, em uma segunda etapa.

As regionais já estão realizando várias mobilizações em áreas consideradas de risco alto e muito alto, para alertar a população sobre os locais mais críticos, explicando como a população deve proceder em caso de chuvas intensas. Técnicos da Prefeitura estão fazendo este trabalho, usando carros de som, panfletos e cartazes, para informar, conscientizar e sensibilizar os moradores sobre os riscos.  

Outra ação prioritária é a discussão sobre a situação atual da Vila Samag, que além do risco hidrológico, tem graves problemas estruturais. Como medida preventiva, o comitê vai se encontrar, na próxima semana, para discutir as alternativas de encaminhamento para a região.

Além de monitorar as áreas de risco hidrológico e geológico em visitas presenciais, a Defesa Civil também possui câmeras que monitoram as áreas de inundação. As áreas mais críticas na cidade, que possuem risco alto e muito alto são: Vila São Paulo, Vila Samag, região da Bacia Hidrográfica do Arrudas, Vila Feliz, Vila Epa, Nova Contagem, Darcy Ribeiro, córrego Muniz e Morro dos Cabritos. Outra ação encaminhada pelo comitê é a discussão de estratégias para as áreas onde estão acontecendo reocupações, como o Morro dos Cabritos.

Participaram da reunião representantes e técnicos da Defesa Civil, das secretarias de Defesa Social, Desenvolvimento Urbano e Habitação, Saúde, Obras,  da Transcon, Guarda Civil, regionais e da Copasa.

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