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AGO
28
28 AGO 2021
DESTAQUE
MEIO AMBIENTE
Regional Industrial encerra fase de oficinas com a população sobre o Plano Municipal de Arborização Urbana - PMAU
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O Plano Municipal de Arborização Urbana – PMAU, encerrou sua fase de oficinas nesta quinta-feira (26/8) na sede da regional Industrial, onde membros da secretaria de Meio Ambiente se reuniram com a sociedade civil discutindo as questões ambientais no local e o que precisa ser feito. Assim como nas demais regionais, foram levantadas questões gerais e específicas, com participação ativa dos presentes. Destaque para a questão da urbanização da regional Industrial, que possui pouca arborização em sua maior parte e que, por causa disso, difere de diversos locais de Contagem.

O “aspecto cinza” dos bairros da região se dá principalmente pelo crescimento da cidade naquele lado, movido historicamente por inaugurações de distritos industriais na década de 1940, pelo então governador Israel Pinheiro. Devido ao seu relevo e proximidade às estradas que ligam Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e, na época, ser pouco habitada, a região acabou sendo a escolhida para a criação de um Parque Industrial, que acabou sendo intensificado mais tarde, em outras administrações, como a de Milton Campos (entre 1945 e 1950).

Todo esse crescimento acabou por degradar boa parte da vegetação da região, o que, anos depois, acaba por transformar até o clima da regional Industrial. Nesta quinta-feira, inclusive, o calor foi um detalhe citado algumas vezes entre membros da administração e da sociedade civil.

A geóloga Walkyria Aparecida destaca que o Plano Municipal de Arborização Urbana na regional Industrial será um importante desafio, até pelo excesso de asfalto, cimento e prédios. “Desde o início do ano, iniciou-se um estudo que é norteado por um formulário, que ficou disponível na internet, mas que cujas respostas são adaptadas por região. No Industrial, exclusivamente, há de serem observados os locais onde serão plantadas as árvores, o que depende do solo, do tamanho e características da própria árvore, mas também da conscientização da população de aprovar isso em frente à sua casa ou comércio”, destaca.

O próximo passo do PMAU, agora, é juntar todas as informações coletadas. Finalizada a etapa, na visão da superintendente de Políticas Públicas, Sirlene Almeida, é hora de analisar aquilo que foi levantado previamente, adicionar o que foi falado nas oficinas para, em breve, haver um pronunciamento sobre como o PMAU irá seguir. “Agora a gente junta todas as informações e fazemos um diagnóstico. Essas conversas que tivemos foram muito produtivas, pois mesmo tendo informações prévias, tivemos importantes sugestões, que levaremos adiante. Não vamos fixar um prazo para divulgarmos esse resultado, mas trabalharemos muito para que isso aconteça o quanto antes, com qualidade e clareza”, conta.

Assim como lembrou em outras reuniões, Sirlene voltou a reforçar a parceria entre poder público e sociedade quanto ao plano de arborização: “Quando plantamos uma árvore há um tempo até ela crescer, se fortalecer e cada uma exige um tipo de tratamento. A arborização da cidade, que será feita a partir desse plano e de nossas reuniões, será feita com a árvore certa para a cidade – o que depende do clima, do solo e da região –, mas conta muito com a mobilização dos cidadãos. Essa união pela reconstrução ambiental de Contagem é uma demanda para todos nós”. “A supressão de árvore deve dar lugar ao plantio”, ressaltou.

Reunião teve resultados satisfatórios

Para os moradores presentes, a reunião foi clara e a expectativa é a melhor possível. Para Vicente de Paula Pereira, que trabalha no jardim Industrial e é morador da Vila Pinho, a falta de árvores, inclusive, afeta bastante o clima no local. “O calor de hoje, por exemplo, está muto grande. Poucas árvores criam essa sensação, que é ruim. Precisamos, sim, de um estudo e de ações que beneficiem a todos”, conta. Ele, que trabalha com a reciclagem de pneus e, assim, colabora com uma menor degradação do meio ambiente, ainda ressalta a importância do cuidado que precisa haver com as árvores. “Vejo muita planta morrer porque há pessoas que não se importam, que não atravessam a rua para jogar água. Confio muito nesse plano e na mobilização que ele pode causar. Precisamos dessa conscientização”, completa.

Para Rosário de Castro, uma das lideranças da região Industrial, a parceria entre poder público e população é vital. “Há anos que junto com moradores, conseguimos resolver não apenas o problema de arborização, como outros. Depende muito de nós. E vai continuar dependendo, mas agora sendo parceiros, numa via de mão dupla. Fico feliz por ver o empoderamento das regionais, que são do povo e os canais que temos para conversar e buscar soluções”, diz.

 

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