A Prefeitura de Contagem realocou a estrutura montada no antigo prédio da UPA JK para dar suporte às funerárias durante o período de alta nos índices epidemiológicos e mortes provocadas pela Covid-19. O novo espaço cedido à Prefeitura está localizado na avenida Maria da Glória Rocha, no bairro Beatriz, onde funcionava a Transcon.
A nova estrutura foi realocada para um local com espaço mais amplo e, também, distante de áreas residenciais. A estrutura provisória que estava montada no antigo prédio da UPA JK, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária, sem oferecer risco de contaminação à população ou aos profissionais envolvidos. O mesmo foi feito neste novo local.
“A estratégia adotada para o acondicionamento de corpos foi chancelada pelo corpo técnico da Prefeitura de Contagem, seguindo protocolos internacionais. O objetivo é tratar de forma respeitosa e segura as vítimas da Covid-19”, observa o secretário de Administração, Carlos Frederico Pinto e Netto.
A Prefeitura de Contagem contratou uma empresa especializada para fazer a remoção e acondicionamento de corpos, para evitar que permaneçam nas unidades da Rede Pública de Saúde. O transporte das vítimas é realizado por veículos apropriados e com segurança sanitária.
O secretário explica que o procedimento é seguro e os profissionais também seguem todo o protocolo. Além disso, a empresa contratada possui expertise no tipo de serviço, que segue o protocolo internacional de armazenamento de corpos. A maior parte dos falecidos fica no máximo até 24 horas na câmara fria. Além disso, as famílias são acompanhadas por equipe médica e uma assistente social. Até o momento, passaram pelo local em torno de 50 vítimas do novo coronavírus. “A atitude da Prefeitura de Contagem foi pensada com o objetivo de evitar que o sistema funerário não chegue ao colapso, como tem acontecido com outros municípios que não conseguiram se planejar para dar o tratamento humanitário necessário às vítimas e famílias”, destacou.
A prefeita Marília Campos esclarece que a medida foi necessária devido ao aumento do número de mortes na cidade, que sobrecarregou a estrutura de necrotérios. “Cada unidade de saúde tem necrotérios que cabem duas ou três pessoas. A demanda está maior e não podemos deixar essas vítimas ao relento ou em qualquer lugar. São pessoas que têm histórias, famílias e merecem ser respeitadas. Este novo espaço respeita todas as medidas sanitárias, para abrigar caminhões com refrigeração que conservam os corpos até o enterro, enquanto os cartórios e funerárias estiverem sobrecarregados”, explicou.
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