Cerca de 20 idosos do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Nacional participaram, na última terça-feira, (3/3), de uma roda de conversa sobre violência contra à pessoa idosa. No encontro, promovido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, por meio da Superintendência de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa, foi discutido os tipos de violências e as providências que o idoso deve tomar e, também, teve o momento em que o público relatou casos sobre as violências que já passaram ou presenciaram.
A equipe da superintendência explicou com cautela e deu exemplos sobre os diversos tipos de violência. “A violência psicológica mexe com uma coisa no coração de cada ser humano que é a autoestima. Uma atitude que devemos ter diante disso é responder tal pessoa com calma e educação. Com o diálogo é possível ensinar e aprender. Não devemos permitir que essas violências forme m você um conceito de incapacidade, de menos valia, e sim que isso te motive a levantar a cabeça e dizer que é capaz”, disse a superintendente, Maria Fontana.
Para a orientadora social do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Cras Nacional, Francilene Gualberto Borges, a palestra foi esclarecedora para o público da terceira idade. “Vejo que significou muito para todos que participaram, pois na maioria das vezes os idosos acham que só existe a violência física, mas existem outros tipos. Os idosos sofrem com a violência psicológica, financeira, entre outras, então, é importante informá-los sobre quais medidas devem tomar caso sofram alguma violência”, afirmou.
Após a roda de conversa, os idosos permaneceram ao local para conversar entre eles e com a equipe da secretaria. “Foi um momento maravilho, onde aprendemos muita coisa. Foi muito bom para expormos também aquilo que fica entalado na garganta da discriminação ao idoso, que é muito grande”, disse Elenir Muniz, 65 anos. A idosa contou sua experiência quando estava endividada. “Há 2 anos eu estava com muitas contas atrasadas e sendo muito desprezada. Moro aqui no bairro há muito tempo e vejo muita violência aos idosos. Esse tipo de informação que foi passada ajuda muito, agora que aprendi mais, vou passar para outras pessoas para estarem cientes”.
O casal Alzira dos Santos, 60 anos, e Isaias Santana, 64 anos, fizeram questão de estarem juntos no evento. “Deu pra aprender muita coisa. Gostei e espero que tenha outro encontro com essa equipe. É importante que as pessoas saibam como agir e quais providências tomar em cada tipo de violência”, disse o senhor. “Além da gente ser ajudado, podemos ajudar outras pessoas com as informações que aprendemos aqui. É bom discutir esse tema pois vejo o que acontece no dia a dia com o idosos e muitos não sabem dos direitos que tem”, afirmou Alzira.
Confira os tipos de violência à pessoa idosa:
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