Por volta do ano de 380 antes de Cristo (a.C.), o filósofo Platão, em sua obra de maior destaque, “A República”, escreveu a célebre “Alegoria da Caverna”. Nesses escritos, ele exemplifica como o ser humano pode se libertar da condição de escuridão da ignorância, que o aprisiona, por meio da luz da verdade, obtida através da busca pelo conhecimento.
O mito da caverna de Platão é um exemplo de como é possível trilhar caminhos internos para usar a força emocional, que todos possuem, para lutar por propósitos de vida, garante o administrador, especialista em gestão empresarial e financeira e sócio-proprietário da Brasil Permutas e da Cursos da Mente, Lucas Timponi. Ele proferiu a palestra “Estratégia dos gênios”, que ocorreu no auditório da Prefeitura de Contagem na noite de terça-feira (6). O evento foi promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedecon), por meio do Programa Empreender – Capacitar para Crescer.
Um público composto por cerca de 50 pessoas, entre empreendedores, vendedores, empresários e interessados no tema, permaneceu do início ao fim da palestra concentrado para aprender mais sobre o domínio das ferramentas mentais e comportamentais dos gênios e sobre a obtenção de novos resultados para a melhoria da vida.
A superintendente de Apoio ao Empreendedor e Pequenos Negócios da Sedecon, Cristina Romero, deu as boas-vindas aos participantes e destacou que o Empreender e a Sala Mineira do Empreendedor, outra iniciativa da Sedecon, ofertam capacitações diversas e auxiliam na abertura e formalização de negócios, de forma totalmente gratuita. “Nesses 21 anos de programa Empreender, me deparei com várias situações em que o empreendedor não sabia precificar seu produto ou serviço, principalmente quem estava começando o seu negócio. No programa Empreender e na Sala Mineira do Empreendedor as pessoas podem ser capacitadas nesse e em outros vários temas. Venham conosco”, convidou Cristina Romero.
Para provocar a plateia, Lucas começou a palestra perguntando qual a diferença entre gênios e loucos. ”Vamos falar sobre as estratégias que separam os gênios dos loucos. Posso adiantar que tem a ver com resultados”, antecipou Timponi. “Para termos resultados, precisamos de algumas estratégias. Uma delas é o “rapport”, termo em francês para a harmonia das relações. E para termos harmonia nas relações é preciso gerar empatia, o que requer autoconhecimento e conhecimento do outro. Mas não é só isso: a geração de empatia precisa estar aliada à capacidade de ser congruente e de se ter coerência entre discurso e ações. Também precisamos de feedbacks constantes, para ouvir do outro suas opiniões, suas visões de mundo e termos mais condições de exercer empatia”, ponderou o especialista.
Lucas Timponi explicou também que o cérebro humano, composto pelas partes consciente e inconsciente da mente humana, pode e deve ser estimulado a trabalhar mais do que “apenas” como uma máquina que busca a preservação da vida. “Como fazer para que a mente desenhe resultados, para que seja mais do que uma máquina de sobrevivência? Elencando objetivos, sabendo onde se quer chegar, mirando no que nos dá vontade de viver. Com isso, podemos obter resultados”, salientou o especialista.
Contudo, argumentou Lucas, na busca dos objetivos e resultados é preciso um certo grau de flexibilidade, porque a imprevisibilidade é um componente que deve ser considerado nos planejamentos estratégicos. “É preciso se permitir viver outras experiências. Se você for inflexível e mirar apenas em uma opção, terá apenas uma chance, ao passo que, com flexibilidade, você aumentará suas chances de êxito e, ainda, sua capacidade de entender o outro, que é diferente de nós”, asseverou Lucas.
Por fim, o especialista chamou a atenção para o fato de que nosso cérebro pode ser comparado a um iceberg, sendo a parte consciente da mente apenas uma pequena parte visível do bloco de gelo, com sua quase totalidade estando submersa na água, longe dos olhos. “O inconsciente é a parte mais importante na tomada das decisões. Se queremos resultados, o consciente e o inconsciente precisam estar alinhados em um propósito. Para termos a mentalidade do resultado, é preciso alinhar as emoções aos objetivos. Essas são, basicamente, as estratégias dos gênios”, finalizou o especialista.
