Gerar uma nova vida é algo único, que transforma não apenas a vida da mulher, como das pessoas do entorno. Todas as dúvidas, ansiedade e expectativa por, finalmente, ter o bebê nos braços, merece ser coroada com um parto tranquilo, seguro e humanizado. É nesse sentido que a atuação das doulas no Centro Materno Infantil (CMI) faz toda a diferença.
No final do mês de setembro, por exemplo, foi realizado o 8º curso de formação de doulas no CMI, com o objetivo de capacitar mais mulheres para contribuir com as gestantes neste momento tão importante, que é o parto. “O curso é relevante para dar continuidade à formação de doulas voluntárias que propiciam uma assistência mais completa, oferecendo um apoio constante numa das fases mais transformadoras da vida de uma mulher”, afirmou a psicóloga e coordenadora do Projeto “Doulas de Contagem”, Cecília Magna Machado.
Doulas de Contagem
O Projeto “Doulas de Contagem” tem como objetivo oferecer apoio, proteção e a tranquilidade que as gestantes precisam no momento que aguardam a chegada dos seus bebês, uma forma de ampliar o suporte já oferecido pelas equipes multiprofissionais que atuam na maternidade. Iniciado em 2006, as doulas que participam do projeto oferecem seus conhecimentos e experiências no acompanhamento dos partos, trazendo um alento para as mães e contribuindo para tornar o parto mais seguro, harmônico e inesquecível.
O Centro Materno Infantil conta, atualmente, com 21 doulas em atuação, sendo que 17 delas foram formadas no curso realizado em setembro. Elas se alternam em plantões fixos durante a semana, acompanhando, em média, 20 partos por mês (média de 240 ao ano).
A coordenadora do projeto explicou que esta atuação possibilita transformar o parto em uma experiência positiva e transformadora. “O parto humanizado modificou a forma de vivenciar o momento, com respeito ao processo fisiológico natural e resgatando a capacidade das mulheres de serem protagonistas no parto, se fortalecendo nesse processo”, afirmou.
Leila Maria, que é doula no CMI desde 2018, reforçou que essa atuação é uma assistência prestada à mulher e ao bebê, em prol de um parto humanizado. “Temos o dever e a responsabilidade de acompanhá-la até o nascimento, informando as dinâmicas necessárias para que o parto seja menos dolorido e extenso. Indicamos exercícios, técnicas de respiração e posições que auxiliam o parto, além de dar apoio, encorajamento, segurança e confiança à mãe. Assim, ela segue respeitando o que diz o seu corpo, deixando tudo fluir naturalmente”, afirmou.