A Feira da Economia Solidária (Ecosol), nos dias 12 e 13 de março, pela primeira vez, ocorreu na PUC Contagem. O local será o novo ponto de exposição dos empreendimentos, com periodicidade mensal. A iniciativa é resultado de uma aproximação entre a universidade e a administração municipal, proporcionando o acesso aos produtos, não apenas aos alunos e funcionários da instituição, como também ao público do entorno, que poderá entrar e adquirir os produtos de alimentação e artesanato.
“No ano passado, a PUC nos procurou para, inicialmente, fazermos uma parceria nos cursos de extensão. A partir daí evoluímos os planos para fazermos algo ainda maior, mais presente. Antes disso, já tínhamos uma entrada na PUC do Coração Eucarístico, que abre espaço para feiras da região metropolitana e, agora, iniciamos esta, em Contagem”, destacou a subsecretária de Trabalho e Geração de Renda, Mara de Castro.
O pró-reitor adjunto da PUC Minas, professor Martinho Campolina Rebello Horta, enfatizou a importância da parceria entre a instituição e a Feira de Economia Popular Solidária. Para ele, “trata-se de uma grande oportunidade para conhecer, experimentar e valorizar os produtos locais. Para os expositores, a realização da feira no Campus abre a possibilidade de alcançar um novo e diversificado público”, explicou.
Quem também aprovou a nova oportunidade de mostrar seus produtos foram os feirantes. Para Washington Dias, conhecido como “Paulista”, que há 12 anos faz parte da Economia Solidária, a feira na PUC Contagem é mais uma chance de conhecer novas pessoas, mostrar seus produtos, vender e gerar renda.
“Estou muito feliz, satisfeito com a oportunidade. Espero que possa participar o máximo possível desta feira em específico, quando pude conhecer muitas pessoas educadas, que vêm, conversam, adquirem os produtos, sempre com um sorriso no rosto”, relatou ele, comerciante de pipoca e churros.
Turbantes, tiaras, faixas aramadas, buchas de cabelo e outros produtos também fizeram parte da feira da PUC Contagem. De acordo com Mary Carvalho, comerciante responsável pelo empreendimento, os produtos expostos vendidos atendem tanto aos homens quanto às mulheres, têm uma boa procura, o que ajuda nas despesas mensais.
“Trabalho na feira do Eldorado todo sábado pela manhã e participo de outras. O melhor destas oportunidades é ver a satisfação de quem compra, as mulheres mais elegantes, os homens também felizes. Algo que percebo é que vários clientes voltam e isso significa que estamos no caminho certo. A Feira da Ecosol é uma oportunidade maravilhosa que nós temos de trabalhar no artesanato”, contou ela.
Mary disse que tem no programa municipal uma espécie de terapia particular. Isso porque a chance de integrar a Economia Solidária aconteceu após ela perder o emprego, em 2018. “Quando a empresa que eu trabalhava fechou e todos foram dispensados, eu fiquei muito doente, com problemas de saúde, inclusive. Integrar a Economia Solidária me tirou de um momento ruim, transformou a crise em oportunidade e tem dado muito certo”, revelou ela, elogiando a feira da PUC, algo que, segundo ela, era um pedido antigo dos feirantes.
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