Representantes da Prefeitura de Contagem realizaram nesta segunda-feira (10/1), uma vistoria no bairro Flamengo, na região Riacho, onde houve ocorrências de desabamento de encosta no entorno de um córrego localizado no fim da rua dos Espanhóis e av. Marco Aurélio Bicalho, mais conhecida pelos moradores, como antiga av. dos Austríacos.
A visita foi acompanhada pela prefeita Marília Campos, que solicitou a constituição de uma comissão para a criação de um Núcleo de Proteção e Defesa Civil-Nupdec e, também, para acompanhamento do projeto que será desenvolvido para a área. “Projetos não nascem do dia para o outro. Nesse primeiro momento, estamos trabalhando, incansavelmente, para garantir a segurança dos moradores no local de maneira paliativa, mas o prometido, e o que será feito, é um projeto que garanta uma solução definitiva para o problema no local, uma obra de saneamento que irá contemplar toda essa área do entorno do córrego”, afirmou.
Segundo a chefe do Executivo, a Secretaria de Obras irá iniciar as tratativas para que o projeto de saneamento seja construído junto com a comissão de moradores para que o problema seja resolvido de forma definitiva. “Seguimos trabalhando com o compromisso de dialogar com a população. Juntos, prefeitura e população, vamos conseguir resolver esse problema de vez”, declarou.
Equipes técnicas da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos farão o levantamento necessário para iniciar a construção do projeto de saneamento do local. O subsecretário de Obras e Serviços Urbanos, Jaci Cota, explicou que, no primeiro momento, um novo muro de contenção será feito para reduzir os danos da chuva, e posteriormente o projeto. “Esse projeto vai contemplar toda área e irá resolver de forma definitiva os problemas que a população tem enfrentado durante o período chuvoso. Assim que estiver pronto, a prefeitura vai apresentar para a comunidade”, disse.
A subsecretária de Proteção e Defesa Civil, Ângela Gomes, afirmou que devido à chuva intensa dos últimos dias, o muro de contenção existente não aguentou a pressão das águas e desabou. Isso ocorre, pois o local já é considerado de grande pressão. “Estamos no entorno de um curso d'água urbanizado. Então o solo já é frágil. O que ocorre é que com a pressão e o peso, esse solo vai ficando sem muita sustentabilidade. Em locais como esse não podem passar caminhões ou carros pesados, pois aumenta a pressão. Junta esses fatores, a chuva e a poluição do córrego, ele fica com maior poder de arraste”, relatou.
Moradora da região há mais de 33 anos, Márcia Aparecida de Souza, declarou que os problemas na região durante o período de chuvas são recorrentes. Ela fará parte da comissão de moradores e está confiante que dessa vez uma solução definitiva seja apresentada para a comunidade do entorno. “Todo ano é a mesma coisa quando começa a chover, estamos perdendo a graça de morar aqui por isso. Com essa visita e tudo que foi falado conosco, não só eu, mas os outros moradores também, estamos confiantes que a prefeitura fará um trabalho que irá solucionar todo esse caos que passamos nessa época do ano”, finalizou.
