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23
23 DEZ 2021
OBRAS E SERVIÇOS URBANOS
TRANSCON
Contagem cobra da Seinfra extensão do metrô até a Sede e integração com a Grande BH
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Nesta quinta-feira (23/12), a prefeita de Contagem, Marília Campos, participou de audiência pública, na Cidade Administrativa, promovida pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade - Seinfra, sobre o projeto de ampliação e extensão da linha 1, com conclusão  da Linha 2.  A reunião  contou com a presença maciça de funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU que estão em greve, além da deputada estadual Beatriz Cerqueira, do deputado federal Rogério Corrêa, do presidente da Transcon, Renato Guimarães Ribeiro, e da vereadora de Belo Horizonte, Iza Lourença

Após a apresentação do escopo do projeto pelo subsecretário da Seinfra, Gabriel Fajardo, e pela equipe do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, que estruturou a proposta,  a prefeita Marília Campos, primeira inscrita, abriu as manifestações afirmando que do jeito proposto, o projeto não atende a Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH. 

 “A primeira questão que temos que definir é que este metrô tem que ser da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Queremos a Grande BH integrada. Hoje, a única estação que tem fora de Belo Horizonte, é a Estação Eldorado, em Contagem. Faltou investimento federal em Minas Gerais para que este sonho mineiro se concretizasse. Quero deixar registrado que é muitíssimo importante para a região metropolitana  ter mais linhas, ampliar mais estações, mas o projeto apresentado não atende a este objetivo”.

Em seguida, a prefeita de Contagem explicou sobre a importância de integrar a ampliação do metrô às obras de mobilidade urbana que estão em curso no município. “O projeto apresentado amplia em Contagem apenas para a Estação Novo Eldorado, o que não significa que vai agregar mais passageiros. Se estendermos o metrô pelo menos até a região da Sede, até o viaduto Beatriz, para integrar as obras de mobilidade que Contagem está fazendo, então, nós teremos passageiros não só da cidade, pois estaríamos próximos do distrito industrial, integrando ao modal de transporte coletivo e pegando passageiros de Betim, Esmeraldas e de outros municípios próximos a Contagem. Nós queremos discutir a viabilidade do metrô. Portanto, essa ampliação em Contagem que passa do Eldorado ao Novo Eldorado  não atende a este projeto de agregar mais passageiros”. 

Ela informou que a Prefeitura de Contagem já apresentou uma proposta que  amplia a Linha 1, com  um custo a mais em torno de R$ 500  milhões, para agregar passageiros ao sistema do metrô. 

Marília ainda salientou sobre a importância da Seinfra estar atenta às obras de mobilidade que estão sendo realizadas pelas cidades da RMBH. “Sempre lembrando que é importante a extensão e é importante a integração do metrô com o sistema de transporte coletivo. Daí a necessidade de vocês também se informarem das obras de mobilidade que estão acontecendo nos municípios, para que o processo de ampliação atenda o objetivo de transportar mais passageiros”.

Logo após a explanação da prefeita, o deputado federal Rogério Corrêa (PT) destacou que a bancada mineira na  Câmara dos Deputados, em Brasília, não acredita que se deva entrar em um processo de privatização para depois executar a obra. Corrêa recomendou à Seinfra para que marque uma reunião de apresentação da obra. “ Vamos debater isso com a região metropolitana, com os prefeitos, como o Governo do Estado, com a população, fazer audiência pública para de fato debater e planejar a obra. Obra pronta, vamos ver como será administrada, será concessão?”, sugeriu. 

A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) destacou que as ações do governo estadual  referentes ao metrô vão contra ao que foi aprovado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais - ALMG. Segundo ela, “não foi aprovado o uso  de recursos compensatórios oriundo do Termo de Reparação assinado com a Vale em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho  para a privatização do metrô”. 

 Prefeitura busca diálogo  

O presidente da Transcon, Renato Guimarães Ribeiro,  reafirmou a posição já exposta pela prefeita Marília Campos. “Na avaliação da Prefeitura de Contagem e da Transcon essa proposta de ampliação e concessão da linha do metrô da RMBH não atende ao município de Contagem e não dialoga com a rede SIM, que é o grande projeto de mobilidade do vetor Oeste. O que ocorre é que ele termina ali, com uma nova estação no Novo Eldorado, na altura do futuro Boulevard Portugal. O  ideal seria que a linha chegasse até o viaduto Beatriz, porque dessa forma permitiria a integração plena com todo o Sistema Sim, por meio da estação Sede, que está sendo construída.”

De acordo Ribeiro, com a ampliação da Linha 1 até o viaduto Beatriz, o usuário da região do Petrolândia ou que vai ser integrado ao Petrolândia, vindo de Betim, e o usuário de Nova Contagem e Esmeraldas, desceria para a estação Sede, o que atenderia a Belo Horizonte e a toda região metropolitana com mais amplitude. “Essa logística, além de economizar, reduziria o número de veículos ao longo do Corredor da João César de Oliveira.  No entanto, estamos sendo novamente negligenciados neste processo de expansão da linha do metrô”. 

Diante da divergência, a Prefeitura de Contagem enviou uma carta para o secretário de Infraestrutura e Mobilidade - Seinfra, Fernando Marcato,  solicitando reunião. “Queremos dialogar e construir isso em conjunto”, afirmou o presidente da Transcon.  

Trabalhadores CBTU 

Antes de finalizar sua participação na audiência pública, a prefeita de Contagem, Marília Campos, falou de sua preocupação com a atual situação dos trabalhadores e trabalhadoras da Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU, que estão em greve por razões diversas como questões trabalhistas que envolvem a incerteza de seus postos de trabalho diante da proposta de privatização da companhia, condições de trabalho e salariais. 

“Como fica a situação dos trabalhadores do metrô tanto no processo de concessão, quanto no processo de estatização? Eu não vi nenhuma informação sobre isso. Tive a oportunidade de receber o sindicato na Prefeitura de Contagem porque é claro que a Prefeitura se relaciona com todos, inclusive, com as entidades dos trabalhadores e vemos com preocupação o fato de não ser apontado aqui  qual é o projeto, qual é a negociação, qual é discussão que será feita com relação aos trabalhadores, cuja a empresa que hoje eles se veiculam é com a CBTU”, disse a prefeita de Contagem. 

A greve dos metroviários foi decretada na madrugada de quinta-feira (23/12). 

Qual é a proposta da Seinfra para a Linha 1 e Linha 2

Na abertura da audiência, o subsecretário de transporte e Mobilidade da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade - Seinfra, Gabriel Fajardo,  apresentou o  projeto que prevê a modernização e ampliação da Linha 1, além da conclusão da construção da Linha 2, assim como a concessão dos serviços por 30 anos a iniciativa privada. Pelo projeto, a  Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU  seria vendida  à concessão dos serviços pelo Estado, com a outorga da melhoria, ampliação, construção e operação do metrô da capital mineira. Segundo a Seinfra, a modelagem tem por objetivo atrair a expertise privada para a ampliação e operação do sistema de transporte, com mais eficiência e facilidade para acessar novas tecnologias necessárias à modernização dos serviços.

A proposta prevê a ampliação da Linha 1 até a Estação Novo Eldorado, em Contagem, agregando ao trajeto apenas cerca de um quilômetro de extensão. Além disso, está prevista a conclusão da construção da Linha 2,  que ligará o bairro Calafate, na região Oeste de BH, ao Barreiro, cujas obras foram iniciadas em 1998 e paralisadas em 2004. Neste outro ramal seriam, aproximadamente, 10 quilômetros de extensão, com sete estações, conectadas à Linha 1 na estação Nova Suíça.

De acordo com dados da  Seinfra serão destinados R$ 3,2 bilhões para o metrô de Belo Horizonte, sendo R$ 2,8 bilhões do governo federal e cerca de R$ 428 milhões do Governo de Minas, provenientes do Termo de Reparação assinado com a Vale em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho.

Os recursos serão utilizados de forma a viabilizar a concessão dos serviços. Os investimentos totais são estimados em R$ 3,7 bilhões e serão complementados pela iniciativa privada, que terá o direito de exploração da concessão pelo prazo de 30 anos. O projeto está com consulta pública aberta  até o dia 27/12.

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