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OUT
14
14 OUT 2021
SAÚDE
Políticas de saúde podem ser redefinidas a partir do preenchimento correto da Declaração de Óbito
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Até 2019, as doenças do aparelho circulatório, como infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral - AVC e outros problemas causados por pressão alta, eram as principais causas dos óbitos em Contagem. Esse cenário mudou a partir de 2021. Com a pandemia do Covid-19, as doenças infecciosas e parasitárias passaram a liderar o número de mortes no município. Em terceiro lugar vêm as neoplasias (câncer), seguidas pelas mortes causadas por acidentes de trânsito, homicídios, suicídios e quedas, todas consideradas como causas externas. 

A veracidade e a qualificação destas informações só são possíveis quando a Declaração de Óbito é preenchida, corretamente, pelo médico que atestou a morte dos pacientes. Estas informações são úteis tanto para traçar o perfil de quem vai a óbito, como sinaliza caminhos para políticas públicas adequadas, como adoção de medidas preventivas e avaliações das ações implementadas, que tenham impacto sobre as causas de morte.

Foi com o objetivo de capacitar e atualizar os profissionais médicos, sobre a forma correta de preencher o documento, que a direção do Complexo Hospitalar realizou um treinamento, de dois dias, para os coordenadores do Hospital Municipal e do Centro Materno Infantil (CMI).

A epidemiologista Divane Leite Matos, responsável pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM, da Secretaria Municipal de Saúde, alertou sobre a importância do treinamento. “É preciso reciclar o conhecimento para evitar erros que comprometam o planejamento das políticas públicas”. 

Divane lembrou que muitas causas são evitáveis. “Quando o gestor conhece o cenário sabe que tipo de ação deve acontecer na Atenção Básica”. A hipertensão, segundo ela, é um bom exemplo. “Quando, no cuidado à saúde e na atenção primária, a pessoa é orientada a se alimentar de forma saudável, a praticar exercícios regularmente, a evitar o tabaco e a beber com moderação, aumentam as chances de prevenir e controlar doenças como a hipertensão, diabetes e outras doenças crônicas”. 

Ainda segundo a epidemiologista, em Contagem, as doenças do coração acometem mais homens que mulheres. A maioria a partir dos 50 anos. “A mulher adoece muito, mas os homens lideram os óbitos”, acrescentou.

A epidemiologista afirmou, também, que os acidentes de trânsito se tornaram causas menos frequentes dos óbitos, mas deixou um alerta. “Hoje a violência (homicídio) mata mais, principalmente, homens, a maioria jovens a partir de 15 anos.”

Câncer de mama

Quando se trata das neoplasias, Divane apontou o câncer de mama como o mais frequente entre mulheres a partir dos 40 anos. Já o câncer de próstata é o que mais leva os homens a óbito, principalmente, aqueles que estão na faixa etária dos 70 anos.

Impacto no SUS

A pesquisa “Número de casos e gastos com câncer de mama no Brasil atribuíveis à alimentação inadequada, excesso de peso e inatividade física, elaborada pela Coordenação de Prevenção e Vigilância - Conprev, do Instituto Nacional do Câncer - Inca, apontou que cerca de 13% dos casos de câncer de mama em 2020, no Brasil, aproximadamente, 8 mil ocorrências, poderiam ser evitados pela redução de fatores de risco relacionados ao estilo de vida, em especial, da inatividade física.  

Além disso, ainda segundo a pesquisa divulgada pelo Inca, quase 13% dos gastos federais do SUS, em 2018, com o tratamento de câncer de mama (R$102 milhões) seriam poupados pela redução de fatores de risco comportamentais, mais uma vez com atenção especial à atividade física, que detém a maior fração (5%) dos casos de câncer de mama evitáveis pela adoção da prática.  

Aspecto humanitário

Renato Coelho, coordenador de Educação Permanente do Complexo Hospitalar, alertou que além do foco na eficiência da política pública, o aspecto humanitário também deve ser considerado na hora do preenchimento do documento. “Se toda morte é burocrática, dolorida e cara, o profissional deve estar atento para não incorrer em erros. O documento de óbito, quando feito de forma correta, traz impactos positivos, tanto no aspecto jurídico, quanto nos aspectos epidemiológico e humanitário enfrentados pelo familiar que perdeu seu ente querido”, assegurou.

 

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