O prefeito Alex de Freitas encontrou-se com o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo e com padres responsáveis por paróquias de Contagem, quando conversaram sobre diversos assuntos e encaminharam os primeiros entendimentos para formalizar a regularização do uso da propriedade das igrejas e templos existentes na cidade.
Há muitos anos, vários templos e igrejas se mantém funcionando em imóveis cedidos pelo município por meio de contratos de comodato firmados com a prefeitura, às vezes, por cinco, dez e até por 20 anos, tendo que ser renovados quando findam os prazos.
O encontro com os religiosos ocorreu na última quinta-feira (22), na sede da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida (Rensa), localizada próximo à Praça da Cemig, onde também funciona a Cúria Regional da Arquidiocese de Belo Horizonte. Os visitantes foram recebidos por Dom Otacílio Ferreira de Lacerda, vigário episcopal e bispo da região composta por 13 cidades, incluindo Contagem.
Na oportunidade, o prefeito e dom Walmor Azevedo selaram o início de um tempo de diálogo. “Esse diálogo é bem-vindo e vislumbra uma perspectiva de oportunizar parcerias no campo das questões sociais, utilizando-se os espaços das igrejas”, disse o religioso.
Alex de Freitas disse que o seu desejo é que a prefeitura pudesse ser mais parceira das igrejas. “Temos uma dívida social muito grande com a nossa gente, por isto, venho com o espírito de agregar e de discutir uma forma de ajudar, uma vez que, além no que se refere à fé cristã, os religiosos estão próximos e já fazem um trabalho primoroso com os menos favorecidos da cidade”, disse.
Parceria que favoreça a educação infantil
Em relação às dificuldades que os padres expuseram, e que são levadas às suas paróquias pelas comunidades, como a falta de segurança, o desemprego, a questão do IPTU, ou de mudanças de zoneamento com o novo plano diretor da cidade, dom Walmor disse que o encontro não tinha a intensão de fazer uma lista ou esgotar os assuntos sociais que chegam às paróquias, mas sim iniciar uma maior aproximação propositiva com a prefeitura.
Assim, o religioso solicitou ao prefeito que, na sua função de gestor, criasse um canal aberto para encurtar o diálogo com os padres, numa perspectiva de melhoria da vida das pessoas, ao que respondeu o prefeito, que ainda não há um roteiro para a colaboração, mas um desejo inicial.
“Por isto – sugeriu o prefeito – que esta parceria poderia começar pela educação infantil e que esta poderia se expandir nos espaços ociosos das igrejas”, disse Freitas, ressaltando que a sua agenda é flexível e que vai criar um elo entre os padres e o seu gabinete.
Ao finalizar, dom Walmor, além de orar e agradecer a visita do prefeito e auxiliares, informou que no caso de formalizar algum trabalho com a prefeitura, a Arquidiocese conta com a Providence, uma entidade técnica que trata de todas as questões de legalidade das parcerias.
Um dos trabalhos desenvolvidos e citados como exemplo de possível parceria ou ampliação com a colaboração da Prefeitura foi exposto a pedido de dom Walmor pelo pároco José Fernando de Mello, responsável pela Matriz de São Gonçalo. Segundo ele, esta igreja já atua com o projeto Acolher voltado para moradores de rua. “O que nós pretendemos junto aos voluntários que nos ajudam a conduzir este projeto é a criação de uma fábrica de vassouras e a ampliação da horta comunitária e de cursos de garçom e de zelador que já existem”, informou ele.
Acompanharam o prefeito no encontro com os religiosos, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Ivair Soalheiro; o chefe de gabinete, Sérgio Mendes; a secretária de Desenvolvimento Social, Luzia Ferreira e o servidor José Marcelo Diniz, além do presidente da Câmara Municipal, vereador Daniel Carvalho.
