Em meio a palmas e jogos, o "Teatro do Oprimido" foi promovido na última terça-feira (25) no Centro de Convivência (CVV) Horizonte Aberto. A apresentação fez parte da programação da Semana de Enfrentamento e Prevenção ao Uso/Abuso de Álcool e outras Drogas, debatendo o tema junto à comunidade que lida cotidianamente com essas questões e a relação com a saúde mental.
O tema “Teatro do Oprimido na comunidade – Direitos humanos no âmbito da saúde mental” foi abordado em jogos, roda de conversa e na proposta de um fórum de imagens sobre a prevenção do uso/abuso de drogas lícitas e ilícitas. O público foi formado por usuários e familiares dos serviços de saúde mental, operadores dos Direitos Humanos, profissionais da área da saúde mental, representantes de entidades de segurança pública e ligadas à redução de danos.
De acordo com a psicóloga e gestora da CVV, Pollyana Costa, o objetivo do evento foi promover o espaço democrático, do debate e de proposições direcionadas às políticas públicas. “Serviu para organizar uma apresentação de Teatro Fórum na comunidade, vivenciar situações e discussões que favoreçam a mediação de conflitos, dialogar com o poder público com proposições para políticas públicas e promover encaminhamentos de alternativo às situações impostas”.
O ator Dimir Viana explicou que o Teatro do Oprimido é um método teatral criado no Brasil no início dos anos 70, com pelo menos três vertentes: pedagógica, política e estética. É uma arte crítica, que quer ser um instrumento de transformação social. “O Teatro do Oprimido é para não artistas, para qualquer pessoa que queira se expressar por meio do teatro. Tem sempre uma intenção politizadora, educativa e transformadora. É um teatro ligado à mobilização social”, concluiu.
Áurea Gonçalves é usuária do Horizonte Aberto e aprovou a experiência. “Para mim aqui é casa, lazer, escola e trabalho. Estou sempre aprendendo com os cursos e hoje não foi diferente”.
Estagiária Lorena Campos, sob supervisão de Lucas Santos