O Programa Vida Saudável, da Secretaria de Diretos Humanos e Cidadania, promoveu formação para 31 coordenadores de núcleo e agentes sociais de esporte e lazer, além de idosos participantes do programa, gestores e conselheiros municipais. A capacitação foi realizada no início do mês, durante três dias, sendo um deles de visita aos núcleos.
A formadora do Programa Esporte e Lazer da Cidade, da Secretaria Especial do Esporte/Ministério da Cidadania, em parceria com a UFMG, Sheylazarth Ribeiro, conduziu a formação. Os agentes fizeram apresentações da síntese das atividades realizadas, relatando experiências dos 13 meses de execução do programa, e da síntese da atuação da entidade de controle social e do grupo gestor do convênio, representado pelos idosos participantes, para a definição de ações que objetivam potencializar os pontos fortes e minimizar os fracos da execução de acordo com a realidade do município e para a construção coletiva da proposta de municipalização do programa.
Para o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Marcelo Lino, o Programa Vida Saudável é exitoso e, devido ao fato de beneficiar tantos idosos, o município faz de tudo para qualificar o programa, como essas formações. “É importante que essas capacitações e formações aconteçam para qualificar e sempre levar melhorias à pessoa idosa da nossa cidade que participa desses núcleos com tantas atividades, pois assim podemos fazer valer o seu direito e o privilégio de envelhecer”, afirma Marcelo Lino.
De acordo com Sheylazarth Ribeiro, o programa pensa em toda sua execução a questão da formação, tanto em serviço, quanto a formação de acompanhamento da união das suas parceiras locais. “Essa formação, para a cidade e para os agentes sociais, simboliza uma parada para a reflexão de práticas dentro dos núcleos de atendimento, além de ser uma oportunidade para alinhar os temas e para analisar as formas de manter as ações acontecendo. A formação vem para organizar, ouvir as pessoas, ver os problemas da política públicas, as possíveis soluções para essa ação do governo. Temos sempre como horizonte o empoderamento dos agentes sociais”, diz.
“Durante a formação, foram abordados os elementos importantes do módulo de avaliação, quando os agentes conseguiram organizar suas falas, levar as dificuldades e os avanços de Contagem no campo de atendimento na política de lazer para os idosos. O grupo é muito qualificado e tem capacidade de garantir que as pessoas se sintam bem recebidas e acolhidas dentro dos núcleos. Os agentes têm uma escuta profunda, além de produzir, em conjunto com a comunidade, várias oficinas como dança, ginastica, culinárias, entre outros. Esse grupo tem conseguido atender, inclusive, pessoas que seriam de difícil acesso”, alega Sheylazarth Ribeiro.
A coordenadora geral do Programa Vida Saudável em Contagem, Érica Carmo, afirma que os Módulos de Avaliação do Programa são importantes fases do processo de gerenciamento de políticas públicas, pois trazem elementos para subsidiar a tomada de decisões e avaliar os esforços necessários para o aprimoramento da ação pública, por meio de informações geradas. “O formato dos módulos proposto pela Secretaria de Esporte, coordenados pela UFMG, sempre com a participação de profissionais qualificados para o acompanhamento da execução das atividades, tem sido muito enriquecedor, pois permite a participação direta dos participantes do programa, além das equipes responsáveis para atividades nos núcleos, gestores e conselheiros do município. O desenho de implementação e execução de políticas públicas com certeza é um instrumento que poderia ser adotado na gestão dessas políticas do município, pelos resultados significativos que o programa vem apresentando para o público atendido, além de um grande desafio e aprendizado para os gestores envolvidos”, disse a coordenadora do programa.
Para o coordenador do Núcleo Cras Nacional, Alessandro Hipólito, a formação é necessária, principalmente pela oportunidade de destacar a percebida contribuição do programa na promoção da saúde, com comprovação de queda de uso de medicamentos, sobretudo de antidepressivos, e menor procura do serviço de saúde e melhora no humor. “Ressaltamos o movimento de municipalização do programa como um dos principais caminhos, para quando chegarmos em outubro termos certa a continuidade do programa e se tornando uma política pública municipal. Para que isso venha se tornar realidade, faremos, junto aos usuários, um abaixo-assinado no intuito de construir um Projeto de Lei de Iniciativa Popular”, afirma.
A agente social do Núcleo Icaivera, Wânia Teixeira, afirma que o processo de formação é de grande importância para o aprimoramento das atividades desenvolvidas com o público alvo, no caso, idosos e pessoas acima de 50 anos. “Durante a formação, foi possível avaliar todo o trabalho realizado até o momento e, por meio dos relatos dos idosos presentes e dos representantes do conselho gestor, pode-se identificar as potencialidades do programa e os pontos que precisam de alterações. Esta capacitação proporcionou momentos de reflexão sobre as diretrizes do programa e debates sobre o processo de continuação da política pública através da municipalização do programa, sendo um passo importante para alcançar, cada vez mais, o público-alvo, de forma que seus direitos sejam garantidos”, afirma.
Carmelita Mendes, participante do Conselho Gestor do programa, frisou a importância da formação e do programa para os envolvidos: “A formação foi muito boa, pois pude conhecer outros trabalhos dos participantes do Programa Vida Saudável e, assim, ver que realmente todos estão atrás de melhorias. Foi um dia muito proveitoso, e pude ver que todos estão trabalhando duro para ser um programa cada vez melhor, no qual cada um demonstrou o que tem feito em cada núcleo”. Segundo Carmelita, o programa traz só melhorias para ela. “O Programa Vida Saudável tem acrescentando para mim muitas coisas boas, tanto na saudade física, quanto emocional”, finaliza.