A Superintendência de Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania esteve na Defesa Social na sexta-feira (22) para fazer palestra a convite dos conselheiros tutelares de Contagem. Com o tema escolhido por eles, a equipe da Superintendência falou sobre a autoestima da mulher e a mulher em situação de violência doméstica. Na ocasião, os homens homenagearam as mulheres cantando uma música e oferecendo bombons.
O conselheiro da regional Ressaca, Lucas Marcony, foi um dos membros que teve a iniciativa de convidar a equipe da Superintendência para palestrar. “Como está se aproximando o Dia Internacional da Mulher (8 de março), fizemos uma homenagem que preparamos com os conselheiros homens e também pensamos em trazê-las para falar sobre as mulheres e para estar conhecendo o trabalho delas”, afirmou.
Simone Soares, conselheira do regional Petrolândia, também expôs sua opinião: “Sobre o tema tratado na palestra, nós o escolhemos pensando na questão da autoestima porque preocupamos muito com isso e muitas vezes não temos essa estrutura, pois nós, enquanto conselheiros, precisamos estar bem para atender o outro”.
A superintendente Gê Nogueira falou sobre a importância da autoestima para lidar com as situações cotidianas. “No nosso trabalho, esbarramos o tempo inteiro com essa questão da autoestima. É interessante até mesmo pensarmos na nossa autoestima. Como estamos lidando com nossas questões pessoais, como temos suportado frustrações, como estamos respeitando o espaço das outras pessoas? Como estamos entendendo e dando suporte a quem nos procura? Precisamos entender as demandas e escolhas alheias, mesmo que não concordemos com as escolhas desse outro, além de não termos o direito de invadi-lo”, destacou.
Durante a palestra, a superintendente realizou uma dinâmica com os conselheiros. “Isso é para demonstrar que sempre, todos os dias, estaremos enfrentando algo novo, algo que nos fará certificar que não conhecemos nada e nem alguém completamente, por mais que já tenhamos adquirido conhecimento. É como a nossa palma da mão, que a vimos todos os dias, mas não a conhecemos em cada detalhe. Muitas vezes queremos carregar o mundo nas costas. Temos que cuidar bem de nós, com cuidado, para que consigamos cuidar do outro”, disse.
Espaço Bem-Me-Quero
“O Espaço Bem-Me-Quero é um espaço institucional ao qual os órgãos nos encaminham as mulheres em situação de violência doméstica. Recebemos mulheres de todos os setores da Prefeitura, das instituições e até de empresas privadas que nos procura. Chegam mulheres para nós de 18 a 81 anos ou mais. É difícil ser mulher no Brasil, pois aqui é onde mais perdemos meninas na adolescência para gravidez, para o tráfico e onde temos mais meninas violentadas e estupradas por grupos familiares”, disse a assessora da Superintendência, Dalila Reis.
Ainda de acordo com Dalila Reis, “é por meio desse diálogo com a Lei Maria da Penha que queremos dar para esta mulher uma vida sem violência, mais digna e uma vida em que a mulher possa criar seus filhos sem constrangimento e sem violência e até mesmo mostrando para a menina que o mundo não é assim e para o menino que homens não fazem isso”, complementou.
Serviço
Atendimento à mulher em situação de violência
Disponível atendimento psicológico e orientação jurídica
Endereço: rua José Carlos Camargos, 218, Centro
Funcionamento: de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h
Telefone: 3352-7543