Estudantes das escolas municipais Paulo Cézar Cunha e Professor Hilton Rocha, da Regional Petrolândia, participaram de manifestações culturais promovidas pela Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (Acesa) e pela Companhia Primitiva de Arte Negra. O evento ocorreu no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, na capital mineira. Foram promovidas oficinas, debates, palestras e apresentações artísticas para estudantes.
Mais de 80 estudantes, do 6º e 7º anos, tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da cultura afro. Os alunos participaram de uma roda de conversa sobre religiosidade afro e indígena, dança afro, oficinas de capoeira, percussão, medicinas populares, penteados afro, teatro, artesanato, contação de histórias e brincadeiras.
As atividades do “Aldeia Kilombo Século XXI” foram gratuitas. “Nossos alunos puderam desfrutar e conhecer a rica cultura africana e muitos quebraram o tabu da intolerância religiosa. Sabemos que hoje no Brasil temos a dificuldade de entender a fé do outro. A aula ao ar livre serviu para quebrar esse tipo de preconceito”, destaca o professor de Artes da Escola Municipal Professor Hilton Rocha, Henrique Dias.
Para a estudante da Escola Municipal Paulo Cézar Cunha, Ana Luiza dos Santos, ter contato com outros tipos de instrumentos musicais foi algo diferente. “Foi a primeira vez que vim até o Parque Municipal. Eu gostei muito de participar das oficinas musicais, com os mais variados instrumentos, e da dança africana. Me trouxe uma nova perspectiva de vida e conhecimento”, explica.
Gercino Alves, mestre de capoeira e artista, promoveu um "aulão" de capoeira angolana. Ele enfatizou a importância da promoção de eventos culturais para estudantes. “Esse misto de cultura afro-brasileira é importante para darmos mais visibilidade a essas manifestações de origem negra. Ao levarmos esse evento de maneira gratuita, nós conseguimos atingir um grande contingente de pessoas e quando lidamos diretamente com o estudante estamos trabalhando o conhecimento”, finalizou.