O Ginásio Poliesportivo Califórnia viveu, na tarde do último sábado (13/12), um daqueles momentos em que esporte e arte se encontram para ir além da competição e revelar histórias de transformação. Tomado por diversos tons de rosa, o espaço ganhou novas cores e significados durante o 1º Festival de Dança do Contagem Ativa, que reuniu alunos das modalidades de balé e ginástica rítmica e celebrou não apenas a evolução técnica de crianças e adolescentes, mas também os avanços sociais e emocionais proporcionados pelo programa ao longo de 2025.
Com entrada gratuita, o evento reuniu centenas de familiares e participantes, que acompanharam coreografias marcadas de segurança e expressividade demonstradas pelos alunos em cena. O festival teve como principal objetivo apresentar ao público o progresso construído ao longo do ano, celebrando o aprendizado, a dedicação e o crescimento integral de cada participante.
Durante o evento, a secretária de Esportes e Lazer, Leidna Duarte, destacou o papel transformador do esporte e da dança na infância, ressaltando a importância de criar alternativas saudáveis ao excesso de tempo diante das telas e de promover espaços de convivência e desenvolvimento integral para crianças e adolescentes. “O esporte e a dança são ferramentas poderosas para tirar nossas crianças do celular e da televisão e inseri-las em ambientes de aprendizado, convivência e cuidado. Aqui elas desenvolvem não só o corpo, mas também a mente e as relações sociais, aprendendo disciplina, respeito, trabalho em equipe e confiança em si mesmas. A nossa missão é ampliar esse projeto e fazer com que ele chegue a todas as regionais da cidade, garantindo que cada vez mais crianças tenham acesso a essas oportunidades que transformam vidas”, disse.
Para muitas famílias, o balé tem ido além da dança e se consolidado como uma importante ferramenta de desenvolvimento e inclusão. É o que destacou Fabrícia Oliveira, de 41 anos, mãe de Maria Fernanda, criança autista de 8 anos que há cerca de seis meses participa das aulas de balé no núcleo do Novo Eldorado. Segundo ela, a experiência tem sido determinante para o crescimento da filha. “A Maria Fernanda sempre foi muito carinhosa e dedicada, mas o balé tem ajudado bastante no sentido de deixá-la mais calma, com mais concentração e mais habilidade psicomotora. Isso reflete diretamente no desenvolvimento social e pedagógico dela na escola. É um período curto, mas já dá para ver o quanto faz bem. Por isso eu apoio o projeto e acredito que ele é extremamente benéfico para toda a comunidade”, relatou
Esse impacto percebido pelas famílias se traduz também na postura das alunas durante as apresentações. Um dos destaques foi a aluna Isabelly Thaís, de 11 anos, que participa da iniciativa no CSU Eldorado desde o início. Ela integrou a apresentação de todas as turmas de ginástica rítmica, conduzindo e orientando as colegas com maturidade, segurança e um sorriso constante no rosto. “A ginástica rítmica é muito importante para mim porque é onde eu me sinto mais feliz. Foi aqui que conheci muitas pessoas, fiz amigos e aprendi a trabalhar junto com todo mundo”, relatou. Sobre a experiência de se apresentar no festival, Isabelly destacou a emoção do momento coletivo. “Foi tudo muito bonito. O que eu mais gostei foi ver todo mundo participando junto e sentir o carinho do público nos aplausos”, completou.
A programação contou ainda com uma apresentação de uma turma de dança do ventre da Estação Juventude, que trouxe novos ritmos e ampliou a diversidade artística do festival. O público também acompanhou um momento especial protagonizado pelos professores do Contagem Ativa, que prepararam e apresentaram uma coreografia própria, simbolizando a integração entre educadores e alunos. No encerramento, todas as turmas se reuniram em uma grande coreografia coletiva, marcando a união entre os participantes e celebrando o sentimento de união e pertencimento que orienta o programa.
