O Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) Ressaca desenvolveu, na última quarta-feira, (17/9), uma reunião com os coordenadores de escolas, assistência social, conselho tutelar e gerentes da área da saúde, no auditório da Escola Municipal Antônio da Rocha. Segundo a coordenadora do Creas Ressaca, Marina Batista, o encontro, chamado de “Café com Parceiros”, teve como objetivo “fortalecer a rede de proteção social, promover a troca de saberes e alinhar práticas de acolhimento voltadas à garantia de direitos de adolescentes, autores de ato infracional, em cumprimento de medida socioeducativa”.
Ela informou que, conforme o artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), jovens entre 12 e 21 anos podem ser advertidos, obrigados a reparar dano, prestarem serviços à comunidade, serem acompanhados em liberdade assistida, inseridos no regime de semiliberdade e/ou internados em estabelecimento educacional. “Direcioná-los e acompanhá-los, durante o cumprimento da medida, são formas de fazer com que compreendam os erros e possam mudar a rota e construir uma nova perspectiva de vida, um futuro promissor e possível”, destacou.
Para a coordenadora do Cras Ressaca, Renata Corgosinho, é importante olhar para o adolescente para além do delito que cometeu. “Enquanto agente pública e assistente social, compreendo a relevância de parceiros na medida socioeducativa e, também, a necessidade de enxergar o adolescente, em conflito com a lei, para além do ato cometido. Temos o dever de oportunizar uma ressignificação desse percurso, oferecendo acolhimento e atividades nos espaços onde a medida é cumprida, de modo que esses jovens possam sair diferentes de como entraram”, ressaltou a coordenadora.
De acordo com ela, os desafios são inúmeros. “Entretanto, quando a rede atua, de forma articulada e em diálogo, é possível construir políticas públicas mais assertivas e eficazes”, reforçou.