Na semana passada, a Transcon, em parceria com a Transpes, realizou uma ação de conscientização na região da Ressaca, próximo ao Shopping Contagem. A ação faz parte da campanha “Maio Amarelo” e teve como objetivo demonstrar para as pessoas, na prática, qual a visão do motorista de dentro da cabine e o que ele não consegue enxergar. Motociclistas que passavam pelo local, foram convidados a participar da dinâmica.
Durante a ação, o motociclista era vendado e colocado no banco do motorista de uma carreta de aproximadamente 17 metros de comprimento. Em seguida, pedestres e motos eram posicionados do lado de fora nos locais de ponto cego. Ao tirar a venda, o participante tinha que dizer o que estava vendo do lado de fora e todos afirmavam não ver nada. Ao descer do veículo, ele se surpreendia com tudo que estava em volta da carreta e que não foi possível ver de dentro da cabine.
“É surreal quando você desce do caminhão e vê o tanto de pontos cegos que tem em um só espaço. Eu acho que esse tipo de ação deve chegar a mais pessoas possíveis, principalmente para o pedestre, porque às vezes ele acha que está na área de segurança e não está”, disse Léo Moreira, um dos participantes da ação.
Dois guinchos da Transcon e caminhões que passavam pela via foram adesivados com avisos de ‘ponto cego’ para ajudar motoristas e motociclistas a identificarem os locais de pouca ou nenhuma visibilidade. Além disso, também foram distribuídos panfletos educativos sobre os cuidados na estrada no período chuvoso.
Segundo o vice-presidente da autarquia, Leonardo Reis, a ideia é levar conhecimento e educação, não por meio da teoria, mas da prática. “É importante que cada ator no trânsito, troque de papel e veja o ponto de vista do outro para que possa entender. Porque ele buzina, ele reclama, mas ele não sabe qual é o ponto de vista do outro. Então, quando ele troca de papel, ele começa a criar uma consciência melhor, um entendimento melhor, e a gente acredita que com isso ele vai ter um comportamento melhor e mais seguro no trânsito”.
Roberto Alves, motociclista que também participou da ação, disse que a experiência valeu. Ele espera que as pessoas consigam pegar a visão da ação. “A maioria quer xingar, mas não sabe a visão do motorista. O cara está trabalhando e ele não quer passar em cima de ninguém, ele tem a família dele”.