Em busca de solução para a morosidade que gera fila, deixando pacientes que precisam de procedimentos de alta complexidade em uma espera longa, a prefeita Marília Campos, reuniu-se com a promotora de justiça da Defesa da Saúde em Contagem, Giovanna Carone Nucci Ferreira. O encontro realizado na sede do Ministério Público foi nesta terça-feira (19/12).
Durante o encontro, a prefeita de Contagem falou dos investimentos que estão sendo feitos para a melhoria dos serviços e da assistência na saúde em Contagem, mas também salientou os entraves ainda encontrados pela gestão quando o assunto são as questões que envolvem a alta complexidade, que passa pela regulação realizada por Belo Horizonte.
“A regulação como está é um grave problema em relação à saúde em Contagem. Muitos procedimentos, cirurgias, consultas com especialistas não são feitos aqui na cidade, somente em Belo Horizonte com todo o processo de regulação feito pela prefeitura da capital. Isso faz com que muitos pacientes fiquem esperando uma vaga, o que pode levar dois, três anos, ou internados em uma UPA aqui durante dez, doze dias, aguardando uma cirurgia ortopédica, por exemplo, que é de alta complexidade”, falou a prefeita.
Marília ainda ressaltou que “essa é uma grande batalha para melhorar a saúde do paciente de Contagem que esperamos começar”, afirmou a prefeita Marília Campos.
O diretor-geral do SSA, Eduardo Pena, destacou a necessidade de melhorar o fluxo do paciente que chega às UPAs da cidade e ficam na dependência de uma vaga, comunicada via regulação de BH, para a transferência que dará uma solução ao problema. “Esses pacientes cadastrados na regulação BH aguardam muito além do que deveriam aguardar. Então, nós precisamos melhorar o encaminhamento desses pacientes que necessitam de tratamentos de maior complexidade”.
O titular da pasta da saúde no município, Fabrício Simões, explicou o descompasso entre o tempo da regulação e a necessidade do paciente. “O que nós estamos fazendo é tentar melhorar o assento do paciente de Contagem em Belo Horizonte, porque vários procedimentos, pela organização do SUS, só podem ser feitos na capital. A gente faz um acordo com Belo Horizonte e encaminha o paciente para lá. O que está acontecendo? Mesmo com esse acordo, o paciente não consegue entrar no tempo certo, na velocidade certa. Estamos aqui em busca de apoio para conseguir que a velocidade de entrada do paciente seja maior do que o paciente precisa”.
Como encaminhamento da reunião, a promotora se disponibilizou a articular uma reunião com a promotora de Justiça da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do Estado, Josely Ramos Pontes, que deverá acontecer em janeiro.