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JUL
07
07 JUL 2022
AGENDA CULTURAL
CULTURA
Comunidade dos Arturos realiza a Festa do Batuque e do Jongo no próximo sábado (9/7)
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Os Arturos, tradicional comunidade quilombola de Contagem, comemora, no próximo sábado (9/7), a Festa do Batuque e do Jongo, evento que há mais de dois anos não é celebrado por conta da pandemia da Covid-19. O evento é aberto ao público, com entrada gratuita e terá comidas e bebidas comercializadas aos visitantes. A comunidade dos Arturos está localizada na rua da Capelinha, 50, bairro Jardim Vera Cruz, em Contagem.

A Festa do Batuque e do Jongo é uma manifestação cultural, promovida pela comunidade dos Arturos e que retrata parte da história das tradições dos negros. De acordo com Jorge Antônio dos Santos, que é membro da comunidade e coordenador do grupo Arturos Filhos de Zambi, trata-se de um momento ímpar na história dos negros. “O batuque é uma manifestação comemorativa que nasceu ainda no período do Brasil Colônia, na senzala, sendo um ritual comemorativo e festivo que os negros criaram como refúgio, como uma atividade para aliviar a dor, o sofrimento da opressão, da escravidão”, contou. 

Ele explicou que “ao término das festividades dos senhores de engenho, os escravos se reuniam e faziam seu ritual, com seus tambores, já tarde da noite, início da madrugada, e cantavam sua musicalidade, muito relacionada à vida do negro, a fé, o entretenimento entre as pessoas. Assim, à sua maneira típica, o negro realizava sua atividade”, continuou.

Jorge lembrou, ainda, que o batuque, assim, é uma preservação de uma identidade que os negros mantêm. “Desde a época de Artur Camilo, Dona Conceição Natalícia, passando por José Bonifácio da Luz (Zé Bengala), há essa preservação. Junto a isso, incorporamos o Jongo, que muito se assemelha ao batuque e que incorporamos na comunidade há cerca de 20 anos”, disse. 

O jongo, segundo ele, “também é um ritual que nasceu na senzala, uma dança de umbigada, que tem as mesmas características do batuque, com sua musicalidade. O diferencial fica por conta do ritmo. No batuque, é usado o tambor, o violão, o pandeiro, viola e, no jongo, são apenas os tambores. O jongo é um ritual que após a abolição da escravatura ficou mais predominante no Sudeste, com ênfase no Rio de Janeiro e em São Paulo. Foi de lá que trouxemos o ritmo e incorporamos ao que existia por aqui há algumas décadas”, completou Jorge.

A celebração

Para Jorge Antônio dos Santos, quando a história do negro é celebrada é, também, uma forma de fazer um alerta. “Esse e outros eventos que fazemos retratam a vida, a história dos negros, fortalecendo a resistência, a luta, em busca de uma igualdade social e racial, uma vida melhor, em um mundo que ainda é muito ingrato, devido a um retrocesso que acreditamos, está ocorrendo, e que precisamos falar sobre. É um simbolismo de resgate e uma maneira, também, de transmissão aos jovens, da comunidade e de fora, para que no futuro esse legado seja passado adiante”, finalizou.

Programação – 9 de julho (sábado)

18h – Concentração dos grupos para recebimento dos visitantes;

19h – Apresentação do Jongo;

21h – Apresentação do Batuque;

22h - Apresentação da Quadrilha Pé de Fogo dos Arturos

23h – Encerramento da festa.

Autor: João Cavalcanti
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