Ir para o conteúdo

Prefeitura Municipal de Contagem e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
Prefeitura Municipal de Contagem
Acompanhe-nos:
Rede Social Facebook
Rede Social Instagram
Rede Social Flickr
Notícias
AGO
24
24 AGO 2021
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
GABINETE DA PREFEITA
Empresários e entidades de classe somarão esforços com a Prefeitura no enfrentamento à violência contra a mulher
receba notícias

Para construir uma campanha conjunta com empresários e entidades da cidade na conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher, a prefeita Marília Campos recebeu em seu gabinete representantes da Associação Comercial e Industrial de Contagem – Acic, da Câmara de Dirigentes Lojistas - CDL, do Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais - Ciemg, dos três shoppings do município (Big, Itaú e Contagem) – entre outras entidades de classe.

A ação terá ainda a participação das secretarias de Desenvolvimento Econômico - Sedecon, e Comunicação e Transparência - Secom, além da Superintendência de Políticas Públicas para Mulheres.

Na proposta inicial da campanha, as empresas que aderirem terão direito de fixar um selo de identificação que demarca seu compromisso com a causa, seja em seus produtos ou na identidade visual da instituição. Isso qualificará e valorizará as ações do empresariado e de entidades junto às respectivas marcas.

O encontro integra o conjunto ações desenvolvidas pela Prefeitura de Contagem para a Campanha “Agosto Lilás”, que celebra duas legislações emblemáticas: a Lei Maria da Penha (lei 11.340/06) que completou quinze anos no início do mês, no dia sete de agosto, e a lei 23.144/2018, que instituiu a data de 23 de agosto como o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio – de autoria da então deputada estadual, Marília Campos.

Entre as políticas públicas necessárias à superação desse quadro – além da conscientização – a prefeita Marília Campos destacou que as empresas poderiam adotar políticas de recrutamento para a contratação de mulheres ameaçadas ou vítimas de violência. “Reconheço que cada entidade tenha sua própria política de recursos humanos, mas mais que apoiar e estimular a denúncia em casos de violência doméstica, também é necessário garantir a subsistência dessas mulheres”, disse.

A prefeita explicou que a falta de perspectiva em que muitas se encontram, dada a relação de dependência econômica, é que as mantém sob o jugo dos seus agressores. “Estamos estudando um mecanismo de incentivo para que as empresas priorizem a contratação de mulheres vítimas de violência”.

A superintendente de Apoio às Políticas Públicas para Mulheres, Neimara Coelho, destacou sobre a política de RH. “Uma política de RH eficiente além de desenvolver um olhar atento ao drama vivido por suas colaboradoras, também garante a preservação dessas mulheres no seu quadro de funcionários”.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Renê Vilela, destacou sobre a participação das entidades de classe. “Embora seja uma adversidade que todos de alguma forma têm algum conhecimento, reiterar esses números e esses dramas no ambiente de trabalho é muito importante para darmos à população o exato contorno que a questão precisa”.

 Adesão e reconhecimento

 Os representantes que participaram da reunião aderiram à campanha e reconheceram a importância da iniciativa.

Apontando a participação cada vez mais crescente das mulheres em cargos estratégicos dentro das organizações empresariais, o presidente da Ciemg, Fábio Sacioto, destacou que a violência doméstica impacta também o futuro do desenvolvimento dos negócios. “Na Ciemg temos o acúmulo de boas práticas nesse sentido e queremos contribuir com sua socialização”.

Já a superintendente executiva da Ciemg, Maria Helena de Sá, destacou a importância desses debates serem estimulados pelas entidades de classe. “É primordial que façamos a difusão de uma cultura de denúncia e de enfrentamento à violência contra as mulheres. Boa parte delas têm dificuldade de sair desse ciclo. É justamente quando se tem contato, em seu local de trabalho, com outras vivências e experiências individuais inspiradoras que se cria a oportunidade de romper com essa lógica. Tudo isso fomenta o melhor ambiente de negócios das empresas”.

Em sua intervenção, o presidente da CDL Contagem, Frank Sinatra, apontou que este é um problema que pode atingir a todos até pessoalmente. “Eu tenho filhas. Muitas mulheres são minhas colaboradoras diretas. Nosso empenho tem de ser na reeducação dos homens e nossa mobilização tem que estender essa campanha até mesmo aos nossos clientes”.

Representante do Conselho da Mulher Empresária da Acic, Cenita Barbosa, concluiu destacando a força da soma de esforços entre o poder público e a sociedade civil. “É uma ação que há tempos se fazia necessária. As mulheres de Contagem estavam relegadas a segundo plano, e a atual gestão prioriza o resgate da cidadania da mulher. Antes de se criar uma rede de proteção, devemos buscar a criação dessa grande rede de cidadania

 Dados sobre a violência

Uma das principais instâncias de empoderamento feminino vem da sua capacidade de trabalho, e a violência contra mulher deprecia esse capital produtivo. Causada pelo homem, essa agressão sabota a afirmação da mulher nas relações de poder no interior do próprio lar, mas também no seu ambiente de trabalho. As consequências vão além da perda do ganho de autonomia e prestígio experimentados pela mulher. Estima-se que a economia brasileira tenha um prejuízo anual de mais de R $1 bilhão. Uma supressão de valores que se dá pela perda de concentração que ocasiona erros,  faltas ao trabalho, entre outras desvantagens.

Dados da Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (PCSCDF), desenvolvida pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com o Instituto Maria da Penha, apontam que somente nos primeiros seis meses deste ano 155 mulheres foram vítimas de feminicídio. Quase um assassinato por dia.

Repórter Guilherme Jorgui

Seta
Versão do Sistema: 3.4.3 - 10/03/2025
Copyright Instar - 2006-2025. Todos os direitos reservados - Instar Tecnologia Instar Tecnologia