Nesta quarta-feira (11/8), representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) se reuniram com membros da sociedade civil, na sede do Projeto Fred, no bairro Arpoador, para discutir as necessidades ambientais da região Ressaca no contexto da elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana - PMAU. A discussão sobre o plano foi iniciada após a publicação da portaria nº 1 de 18 de fevereiro de 2021 - instituindo um grupo de trabalho específico para esse fim.
“Um dos problemas enfrentados nas grandes cidades é a urbanização rápida, sem planejamento e de forma desenfreada”, relata a administradora regional, Maria José Pacheco. “Estamos construindo um novo caminho, não apenas com discurso, mas com ações, principalmente contando com a participação popular. Precisamos dialogar, definir situações, ouvir as demandas da população para que levemos para a Prefeitura executar, fechando o ciclo dessa integração que o governo propõe. É um casamento com a sociedade e feito com integração de secretarias, de forma intersetorial. As realizações precisam ocorrer em parceria, de forma interna e externa, a fim de que os resultados aconteçam”, acrescenta Pacheco.
PMAU
O PMAU foi estabelecido como a primeira consolidação do planejamento da arborização da cidade de Contagem que, com base no diagnóstico inicial, estabeleceu as principais diretrizes para sua gestão. O plano busca, inicialmente, reunir as informações sobre a arborização urbana no município, adotando uma metodologia constituída de cinco fases: levantamento de informações, análise de dados para compor o diagnóstico da arborização, planejamento, implantação, manutenção e monitoramento.
Atualmente, o PMAU encontra-se em fase de planejamento e isso implica justamente o debate com as regionais a fim de se estabelecer prioridades.
“Vimos que era necessário pensar num plano elaborado e foi traçado um plano estratégico. Tínhamos uma demanda muito grande de supressão de árvores e entendemos, naquele momento, que estávamos num caminho contrário ao que pensávamos e precisávamos mudar o curso disso”, destaca a superintendente de Políticas Ambientais, Sirlene Almeida.
A superintendente prossegue afirmando a importância da relação de diálogo com a população. “É preciso saber onde, como, o que plantar. Nem sempre se plantam as árvores certas no lugar e momento correto. Isso depende do solo, do clima, da época, do local e das características da própria árvore. Além disso, não basta plantar. Precisamos orientar, criar políticas públicas, capacitar e manter o que for feito”, complementa.
Participação como solução
Para Sirlene Almeida o debate com a população cria convergência de ideias e caminhos para soluções ambientais para a cidade de forma pontual. “Vivemos em uma época de degradação e impacto imenso ao meio ambiente, com crise hídrica, poluição, descarte grande de lixo, o que cria um momento de reflexão e que achemos, juntos, um caminho sustentável. A troca de informações é fundamental para que cheguemos a um final feliz”, diz. A superintendente também citou a importância da revisão do Plano Diretor com o olhar para o meio ambiente.
Ao final da reunião, Ismênia Aparecida de Freitas se mostrou contente e esperançosa. “Quando se fala em arborização, estamos focando na qualidade de vida. Que continuemos essa construção, porque colheremos muitos frutos com a essa interação com o poder público”.
Na mesma linha, Paulo Braga, morador do bairro Cabral, falou sobre a necessidade da troca de ideias entre a administração municipal e a sociedade.
“Reunião assim, nos dá esperança, pois podemos falar, opinar, participar. Enquanto a comunidade é informada sobre como está sendo feita a coisa pública, a administração tem um retorno do que estamos precisando e qual a realidade da cidade. Com uma interação entre essas partes, quem tem a ganhar é toda a cidade”, finaliza.