Após assumir a frente das articulações para enfrentar o agravamento da pandemia de Covid-19 na região metropolitana, a prefeita de Contagem, Marília Campos, participou nesta segunda-feira (8/3), da reunião da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Granbel).
A chefe do Executivo contagense, que é vice-presidenta da Granbel, sugeriu que fosse criada a onda lilás com o objetivo de aumentar as medidas restritivas capazes de diminuir a circulação de pessoas e consequentemente, conter a disseminação do coronavírus.
Marília disse que não vai esperar o colapso no sistema de saúde para tomar decisões capazes de conter a doença.
“Propus aos prefeitos da Granbel que adotassem a onda roxa para evitar o colapso, mas somente cinco prefeitos foram a favor. A maioria votou pela permanência na onda vermelha. Então sugeri a criação da onda lilás que terá algumas restrições da onda roxa”, explicou.
A sugestão foi aceita pela maioria dos prefeitos e, a partir daí, as novas restrições foram elencadas e votadas para serem incluídas no decreto que será publicado nesta terça-feira (9) e entrarão em vigor na quarta-feira (10).
Algumas das restrições que serão adotadas nos próximos 21 dias, de acordo com a Granbel:
- Toque de Recolher entre 20 h e 5 h;
- Proibição de circulação de pessoas sem o uso da máscara, em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado;
- Proibição de eventos públicos ou privados;
- Proibição de venda de bebida alcoólica para consumo no local, sendo que mercados, supermercados e similares não podem vender a bebida gelada.
Segundo o secretário Municipal de Saúde, Fabrício Simões, que também esteve na reunião da Granbel, em Vespasiano, a taxa de transmissão em Contagem está em 1,09.
“Todas as ações que serão tomadas têm o objetivo de frear a altíssima taxa de transmissão no município. As vacinas são eficazes, mas esperamos que cheguem com mais rapidez”, explicou.
Durante entrevista coletiva, a prefeita Marília Campos ressaltou que mesmo com a vacina, se a taxa de transmissão estiver alta, pode tirar a eficácia da imunização.
“O Pacto Pela Vida tem sido muito importante, mas com o atual quadro da doença que está muito grave, teremos que adotar medidas restritivas mais rígidas para evitar o colapso no atendimento nas unidades de saúde do município”, finalizou a prefeita.
