A Lei Maria da Penha completa hoje 13 anos. Em alusão à data, a Superintendência de Políticas para Mulheres, em parceria com o 18º e 39º Batalhões de Polícia Militar de Minas Gerais, Transcon, Corpo de Bombeiros de Contagem e Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), realizou blitz educativa na avenida João César de Oliveira, na manhã desta quarta-feira (7). “Para dar efetividade a lei é importante fazer a blitz educativa ou qualquer outra ação que mostre e dê visibilidade a norma, para que as mulheres saibam que elas têm direitos e que a violência não deve ser vista como algo natural”, explicou a superintendente de Políticas para Mulheres, Gê Nogueira.
Em março deste ano, um estudo patrocinado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que a Lei Maria da Penha fez diminuir em cerca de 10% a taxa de homicídio. Em Contagem, há uma delegacia especializada em atendimento à mulher, uma vara especializada e um centro de acolhimento, chamado Espaço Bem-Me-Quero. Este último gerido pela prefeitura.
Segundo Gê Nogueira, a cidade é uma das poucas no país que possuem esse conjunto de equipamentos destinados ao atendimento da mulher vítima de violência doméstica. “Somos um dos poucos municípios que possui essa rede de enfrentamento para acolher a mulher. Uma rede que trabalha de maneira integrada para reduzir a violência e paralisar os agressores”, destacou Nogueira.
Para a tenente Ana, a iniciativa da blitz foi excelente. “A Polícia Militar trabalha com ações preventivas. Acreditamos que, através delas, conseguimos conscientizar a população de Contagem e, além disso, mostrar que o município tem uma rede de enfrentamento de violência contra a mulher, que é referência no Estado. Essa rede trabalha no desenvolvimento de um fluxo, desde o atendimento da mulher por uma viatura policial até o processo judicial. Tudo isso para fortalecer a mulher e mostrar que ela não está sozinha”, afirmou.
A motorista Jussara Antonieta, 35 anos, foi parada na blitz e elogiou a iniciativa. “Apoio qualquer ação como esta. Hoje mesmo estava conversando com meu marido sobre o fato de muitas mulheres ficarem caladas e agüentarem por muito tempo essa violência. Elas precisam falar o que acontece sem medo. Por isso, esse tipo de iniciativa da Prefeitura é muito importante para as pessoas se conscientizarem”, avaliou.
