Cerca de 50 pessoas de Contagem participaram do movimento “Eu empurro essa causa”, na manhã de sábado (16), em Belo Horizonte. A manifestação ocorreu em todo o Brasil e teve o objetivo de conscientizar o poder público sobre a necessidade de mudanças nos critérios de concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), concedido às pessoas com deficiência.
Atualmente, para ter direito ao BPC, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar seja menor que um quarto do salário mínimo vigente, ou seja, cerca de R$ 238,00. O movimento é para poder aumentar a renda per capita para 3/5 do salário, gerando assim uma melhor qualidade de vida. “As pessoas com deficiência têm muitos gastos, com remédios, consultas, terapias, compra de equipamentos. Precisamos e queremos essa mudança. O benefício deve ser um complemento de renda familiar e não um salário para sobrevivência”, destacou o superintendente da Pessoa com Deficiência, Waleson Penteado.
O ato ocorreu na Praça Sete, no centro da capital. Representantes públicos, de associações e de conselhos de pelo menos dez cidades da região metropolitana participaram do movimento. Eles percorreram as ruas de Belo Horizonte com faixas e cartazes. A dona de casa Neusa Carvalho é moradora de Contagem e tem um filho deficiente. Por causa do alto custo com tratamentos, fez questão de apoiar o movimento. “Gasto em média R$ 400 reais somente com remédios. Melhorias na forma de pagamento podem ajudar muito no tratamento do meu filho”, comentou Neusa Carvalho.
Benefício de Prestação Continuada
O Benefício de Prestação Continuada foi instituído pela Lei Orgânica de Assistência Social, a LOAS. É a garantia de um salário mínimo por mês à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais, que comprovem não possuir meios de se sustentar, nem com a ajuda da família.