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OUT
26
26 OUT 2018
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
Seminário sobre Doença Falciforme é realizado com o apoio da Prefeitura

A Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia de Minas Gerais (Dreminas), a Fundação Hemominas, o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad), com o apoio da Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania e Superintendência de Políticas de Igualdade Racial, e da Secretaria de Saúde, realizou na última quinta-feira (25), o Seminário Doença Falciforme Conhecer para Cuidar: Superando o Racismo Institucional, na Nova faculdade, localizada no bairro Cidade Industrial.

O evento foi realizado para sensibilizar quanto ao dia 27 de outubro, que é o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme, que se refere as intercorrências e agravantes fomentando sua visibilidade e a consequente mobilização para conquista de direitos.

A presidente da Dreminas, Maria Zenó, falou da sua experiência quanto a doença. “Para mim, que convivo com a patologia, para as pessoas vale ressaltar que é o tempo que conta, se vivo ou se morro. Não acredito que o despreparo quando chego no serviço de saúde com as crises de dor, e sou taxada em viciada em morfina, é por maldade, prefiro acreditar que é por desconhecimento”, disse Zenó.

Jorge Antônio dos Santos, superintendente de Políticas de Igualdade Racial de Contagem disse da importância do evento. “Esse evento é apenas um primeiro passo para que possamos avançar nesse governo e dentro da questão da saúde da população negra, e especialmente a população com doença falciforme. Esperamos e contamos com a ajuda de todos aqui presentes para que possamos disseminar de fato o que é a doença pra que a gente consiga comover os nossos governantes na área da saúde, sendo ela uma das doenças que mais mata no Brasil”, alegou.

Uma das palestras do Seminário foi a do fluxo de Contagem para a doença falciforme, falando sobre diagnósticos e propostas, ministrada pela gestora da clínica, da Secretaria de Saúde, Giuliana Cantoni. “Essa é uma doença hereditária mais frequente no Brasil, caracterizada por uma mutação que determina uma mudança na estrutura da hemoglobina S, que promove uma distorção das hemácias. Em Contagem temos 250 pessoas com a doença, sendo 54% mulheres e 46% em homens”, disse.

Ângela Maria, doutora em geografia pela UFMG, falou sobre o Racismo Institucional como condicionante social de saúde. “A doença falciforme não é só de negro, mas ela é incidente na maioria negra. Infelizmente escolheram a cor da pele para selecionarem as pessoas, escravizarem as pessoas e maltratarem as pessoas no atendimento da doença falciforme. Uma doença com tamanha extensão é tão pouco estudada com a seriedade que ela merece. Estamos lutando contra o racismo na ciência, institucional e ambiental. E o racismo é crime, e estamos lutando contra o crime. Precisamos dar um passo à frente, porque estamos atendendo a vida”, enfatizou.

De acordo com a médica hematologista e coordenadora técnica dos ambulatórios da Fundação Hemominas, Patrícia Cardoso, que falou sobre os Aspectos Clínicos da Doença Falciforme no Seminário, é através do conhecimento que vamos ter condições de cuidar de quem está com a doença. “Temos que ter um cuidado com os familiares das pessoas que têm a doença para estarem sempre atentos às vacinas. Nós também orientamos quanto a alimentação balanceada, a beber muito líquido, a agasalhar na época do frio, e ter acompanhamento de um médico”, disse.

A doença falciforme

A doença falciforme é uma alteração genética que surgiu, provavelmente, no continente africano e foi introduzida no Brasil pelos povos desenraizados daquele continente para, aqui, serem escravizados. Ela é uma das enfermidades genéticas e hereditárias mais comuns no mundo. Decorre de uma mutação no gene que produz a hemoglobina A, originando outra, mutante, denominada hemoglobina S. Apesar de a doença falciforme poder se manifestar nas pessoas independentemente da cor de pele ou etnia, ela é prevalente na população negra, que é historicamente vulnerabilidade em decorrência do período escravagista.

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