Nesta quarta-feira (3/12), o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Contagem celebrou os dez anos da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) pediátrica. O evento, que aconteceu na Faculdade UNA Contagem, foi idealizado pela EMAD e contou com a presença de profissionais, gestores, pacientes e familiares.
Implantada e habilitada pelo Ministério da Saúde em 2015, a EMAD Pediátrica atende desde recém-nascidos até crianças de 12 anos. É referência nacional em fototerapia domiciliar para tratamento da icterícia neonatal. Também realiza acompanhamento para ganho de peso a partir de 1.700 gramas e tratamento com antibiótico para sífilis congênita, permitindo alta precoce e liberando leitos nas maternidades, além de assistência para transição de cuidados em casos mais complexos.
O subsecretário de Atenção Especializada, Gustavo Martins, destacou a importância de uma modalidade que “inverte a lógica tradicional” ao levar o atendimento até o paciente. “São dez anos extremamente importantes, e a gestão valoriza esse trabalho. A EMAD Pediátrica vem desenvolvendo um excelente trabalho e é referência para outros municípios. Este é o momento de comemorar”, afirmou.
A superintendente de Urgência e Emergência, Fabrícia Amaral, ressaltou a emoção de ver o impacto do serviço na vida das crianças. “Este momento é muito importante porque nos faz refletir sobre o nosso trabalho. Mais do que números, é enxergar quantas vidas são tocadas e o quanto buscamos oferecer qualidade de vida, especialmente para esses pequeninos. Parabéns pelo trabalho de vocês. É muito bom saber que temos uma equipe tão potente na nossa rede de saúde”.
O perfil atual dos pacientes é composto por 79,6% de recém-nascidos, 12,5% de lactentes até três anos, e 7,9% maiores de três anos. Neste ano, a média mensal de atendimentos é de 47 pacientes por mês. “Atualmente, estamos assistindo 31 crianças, sendo 17 com doenças crônicas complexas, que exigem acompanhamento próximo, e as demais são recém-nascidos em ganho de peso”, explicou a diretora do SAD, Renata Aparecida.
O evento também contou com depoimentos emocionantes, como o de Suzana Gomes, mãe de Júlia, diagnosticada com um tumor cerebral aos quatro anos de idade. Ela relatou a trajetória da filha e agradeceu o apoio da equipe. “Foram dois anos de acompanhamento. Hoje, ela não tem mais nenhuma intercorrência. É uma menina esperta, inteligente, está na escola, faz balé e fisioterapia no CER IV. Quero agradecer de coração. Essa equipe é maravilhosa, é nota mil!”, declarou.