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Notícias
OUT
01
01 OUT 2025
TRABALHO E RENDA
Feirão de Empregabilidade para PCD oferece oportunidades e experiências
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Esperança. Esse foi o sentimento que as pessoas carregavam ao participar do Feirão de Empregabilidade para Pessoas com Deficiência (PCDs), que aconteceu, ontem, terça-feira (30/9), no Big Shopping. Promovida pela Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Trabalho e Geração de Renda, a ação visa ampliar as oportunidades de emprego e garantir o cumprimento da Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91), promovendo a inclusão social e a valorização da diversidade. Dezenas de pessoas estiveram presentes e concorreram a mais de 600 vagas de emprego. A iniciativa integra a programação nacional do “Dia D” de Inclusão Social e Profissional das Pessoas com Deficiência, e contou com a presença de instituições que abordaram sobre o respeito e a acessibilidade no mercado de trabalho. 

Para a secretária de Trabalho e Geração de Renda, Daisy Silva, o Feirão é a prova de que a inclusão acontece quando há união de esforços em torno de um propósito comum, que é o de garantir dignidade, oportunidades e respeito às pessoas com deficiência. “Vimos hoje histórias de coragem e de esperança que nos motivam a seguir trabalhando ainda mais para ampliar vagas, fortalecer parcerias e fazer com que a diversidade seja realmente reconhecida como uma força transformadora no mundo do trabalho. A cada iniciativa como essa, reafirmamos nosso compromisso de construir uma Contagem mais justa, inclusiva e humana, onde todos e todas tenham espaço para realizar seus sonhos”. 

O deputado estadual Mauro Tramonte, que integra a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa, elogiou a iniciativa e se colocou à disposição para colaborar. “Quanto mais oportunidades de trabalho tivermos, melhor. Oferecer emprego é oferecer dignidade, autonomia e respeito. Defendemos as políticas sociais porque são nelas que estão as maiores necessidades e onde o apoio precisa ser mais efetivo”. 

O público também teve atendimentos jurídicos, previdenciários e de orientação trabalhista, por meio de instituições, como o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Também estiveram presentes instituições parceiras como o Centro de Atendimento e Inclusão Social (CAIS), Instituto Wani Higino, Grupo Fleury e o Conselho da Pessoa com Deficiência.  

Para a coordenadora do núcleo de inclusão do trabalho do CAIS, Fabiana Ribeiro de Miranda, a união entre atores públicos, sociedade civil organizada e famílias é essencial para promover a inclusão de pessoas com deficiência. “O diálogo e a colaboração nas iniciativas ajudam a efetivar leis e a criar estratégias eficazes para inclusão e diversidade. No CAIS, adotamos a metodologia do emprego apoiado, que promove a inserção da pessoa no mercado de trabalho com o suporte de uma equipe multidisciplinar. Esse suporte inicia desde o apoio no momento da entrevista, nas primeiras semanas no trabalho, além de buscarmos alcançar a cultura da empresa para que a inclusão seja uma verdade” 

Uma equipe do INSS esteve no evento para sanar dúvidas sobre a reabilitação profissional. “Os reabilitados do INSS têm direito, assim como as pessoas com deficiência, a concorrer às cotas. O instituto oferece cursos de capacitação profissional e certificação para trabalhadores que, em decorrência de uma doença ou lesão, adquiriram sequelas que os impedem de continuar exercendo a mesma atividade de antes. No entanto, segundo a perícia médica do INSS, esses trabalhadores ainda possuem condições e capacidade para desempenhar outras funções, desde que respeitadas as limitações impostas pelas sequelas. Dessa forma, permite que o trabalhador concorra às cotas de emprego em parceria com empresas e órgãos de qualificação”, informou o analista do Seguro Social, Luiz Fábio Machado Barbosa. 

Atendimentos

A jovem de 19 anos, Maria Luzia Jardim, foi ao mutirão em busca do primeiro emprego. "É importante ter eventos que pontuam a inclusão, pois em todo o Brasil é uma pauta que não é muito citada. Fui atropelada há dois anos, sou cega de um olho e tive os dedos de uma das mãos amputados. Agora fico no aguardo para que o Sine entre em contato com uma boa notícia de possível entrevista”, contou a moradora do Água Branca. 

Há um ano e meio fora do mercado de trabalho, a moradora do Novo Riacho, Poliane de Cristo Garcia, 29, foi diagnosticada com autismo e TDH. "Minha amiga me contou que teria esse evento. Ela tem dois filhos autistas e sempre compartilha informações importantes comigo. Isso me faz pensar que essa rede de apoio faz toda a diferença, porque sozinhos fica mais difícil de conseguir. Quero conseguir uma nova oportunidade para mostrar minha capacidade”, frisou. 

Outra participante do evento foi Raquel Lobato, 32 anos, moradora do Parque São João, que foi ao Big Shopping em busca de entrar no mercado de trabalho. Esperançosa para conseguir, a contagense, que tem paralisia cerebral, disse que só quer uma oportunidade. "Me candidatei em todas as vagas disponíveis. Espero que me chamem para trabalhar, pois quero muito isso". 

 
Poliane (foto 1) e Maria Luiza (foto 2) estão em busca de emprego e se cadastraram no feirão. Fotos: João Pedro Alcântara/PMC


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Autor: repórter Raquel Lopes/ Edição Carol Cunha