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MAI
29
29 MAI 2025
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
SAÚDE
Seminário aponta avanços nas políticas públicas de saúde voltadas ao público LGBTQIAPN+
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Na última terça-feira (28/5), a PUC Contagem foi palco do II Seminário de Saúde Integral LGBTQIAPN+, uma iniciativa das secretarias municipais de Saúde e de Direitos Humanos e Cidadania de Contagem. O evento teve como propósito promover o diálogo intersetorial, qualificar profissionais da saúde e fortalecer as políticas públicas voltadas à população LGBTQIAPN+, reafirmando o compromisso da cidade com a equidade, o respeito à diversidade e os direitos humanos.

O seminário reuniu gestores públicos, especialistas, profissionais da saúde e ativistas em uma programação rica e plural. A abertura institucional contou com a presença do vice-prefeito de Contagem, Ricardo Faria; da vereadora Moara Saboia; do vereador Edgar Guedes; do secretário municipal de Saúde, Fabrício Simões; do secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Marcelo Lino; do presidente do Conselho Municipal de Saúde, Paulo César dos Santos; do professor Júlio César Batista Santana, representando a Pró-Reitoria da PUC Contagem; da usuária do SUS e militante Walkyria Ariel; de Bianca Lopes, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde; e de Joseane Mariluz de Carvalho, da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais.

Durante a abertura, o vice-prefeito Ricardo Faria destacou a importância do seminário como espaço democrático e plural voltado à construção coletiva de políticas públicas que garantam acesso, qualidade e respeito à diversidade no sistema de saúde.

Já o secretário de Saúde, Fabrício Simões, ressaltou que o encontro representa um compromisso social e institucional com políticas públicas integradas, intersetoriais e interseccionais. Ele lembrou que o SUS é fruto de um pacto histórico da sociedade brasileira por um sistema de saúde universal e igualitário, e que o grande desafio atual é reconhecer e acolher a diversidade dos sujeitos que integram esse sistema. “Não podemos permitir que o SUS trate as pessoas como se todas coubessem na mesma embalagem. Precisamos reconhecer as diferenças e promover uma atenção em saúde que respeite as singularidades de cada um”, afirmou.

O secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Marcelo Lino, reforçou a importância do seminário como um espaço de construção coletiva e prática cidadã. Em suas palavras, “este é um espaço democrático e plural, onde diferentes vozes podem se encontrar para debater, capacitar, qualificar e, sobretudo, construir políticas públicas sólidas, baseadas no princípio da saúde integral. O SUS tem como pilares a universalidade e a integralidade, e o que buscamos aqui é justamente fortalecer esses princípios com base em uma política de direitos humanos integrada às demais áreas do governo, como defende com firmeza a prefeita Marília. É com esse espírito coletivo que queremos garantir, de fato, o melhor acesso e os melhores serviços à nossa população.”

Avanços e garantias

O painel de abertura trouxe uma apresentação das diretrizes e avanços das políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) voltadas à população LGBTQIAPN+. A mesa foi composta por Bianca Lopes, representando o Ministério da Saúde, e Joseane de Carvalho, da Secretaria de Estado da Saúde, com mediação de Lorena Lemos, subsecretária de Direitos Humanos e Cidadania de Contagem. As falas destacaram os desafios e as conquistas na garantia do acesso universal, equitativo e humanizado à saúde.

O segundo painel, com o tema “Saúde com orgulho: como o SUS pode acolher corpos e existências LGBTQIAPN+ em sua diversidade”, foi conduzido pela Dra. Larissa Amorim Borges. A exposição enfatizou a importância da formação profissional sensível às especificidades da população LGBTQIAPN+ e a necessidade de práticas que rompam com preconceitos institucionais.

Na sequência, o tema “Envelhecimento da população LGBTQIAPN+” foi abordado pela Dra. Luisa Chaves, médica de família e comunidade, professora e coordenadora do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da UFSJ. Luisa também atua na Estratégia de Saúde da Família, no distrito Mercês de Água Limpa. Sua fala trouxe reflexões sobre o cuidado em saúde para pessoas LGBTQIAPN+ idosas, que enfrentam múltiplas vulnerabilidades e invisibilidades no sistema de saúde.

Outro painel de destaque foi “Uma conversa: o preconceito e seus efeitos – Como a discriminação afeta a saúde mental da população LGBTQIAPN+”, com a participação de Clarissa Pimenta, diretora do CAPS AD Contagem, e Kelton dos Santos, oficineiro e redutor de danos da mesma unidade. O debate destacou como a violência simbólica, institucional e cotidiana compromete a saúde mental de pessoas LGBTQIAPN+ e reforçou a importância de políticas de acolhimento e cuidado psicossocial.

Encerrando o seminário, foi apresentada a experiência exitosa do Serviço de Atenção à Saúde Trans e Travesti de Contagem, em uma mesa composta pelo médico da família Douglas Vinícius, pela usuária do serviço Walkyria Ariel e pela psicólogue Tuty Veloso Coura. A apresentação trouxe relatos sobre os impactos positivos do serviço na vida de pessoas trans e travestis, evidenciando como o cuidado centrado na escuta e no respeito à identidade promove transformações concretas na vida dessas pessoas. O II Seminário de Saúde Integral LGBTQIAPN+ reforçou a importância de uma política pública construída com diálogo, escuta ativa e compromisso com a equidade. A cidade de Contagem reafirma, com essa iniciativa, seu papel de vanguarda na defesa dos direitos e da saúde da população LGBTQIAPN+.

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Autor: Isabela Melo / Edição Carol Cunha
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