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MAR
23
23 MAR 2024
SAÚDE
SERVIÇO
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Dengue: entenda a evolução da doença desde a infecção, no atendimento médico e após o tratamento
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Saiba quando e como buscar o serviço de saúde, as etapas do atendimento segundo a classificação de risco e o que pode levar ao agravamento da doença 

Os números crescentes da dengue em Contagem, bem como em todo o estado de Minas Gerais, têm crescido e, até por isso, precisam ser observados e alguns procedimentos adotados. Mais do que números, vidas têm sido impactadas todos os dias devido à contaminação, com sintomas, no mínimo incômodos. Em outros casos, mais graves, vidas de pessoas correm riscos. Diante disso, muitas dúvidas surgem, entre elas, o que leva ao agravamento da doença e o que fazer quando se está com suspeita de infecção. Confira abaixo informações importantes e cuide-se! 

Sintomas 

De acordo com a referência técnica (RT) de enfermagem da Central de Hidratação Eldorado, Natália Carolina, os primeiros sintomas surgem entre 4 e 10 dias após a picada do Aedes aegypti, sendo os mais típicos as dores no corpo, de cabeça intensa, febre acima de 37.8º e, em muitos casos, dores nas articulações. “Nesses casos, é comum também sentir muita dor nas mãos, nos joelhos, nos pés e nas costas. Náuseas e vômitos podem ocorrer também. Já no abdômen podem indicar um estágio mais grave da doença”, afirmou.  

Não é recomendado esperar um tempo para ver se os sintomas desaparecem. “Quando surgir os primeiros sinais, busque atendimento imediatamente, pois o risco é de agravar a situação e prejudicar a recuperação. Um caso simples pode se tornar mais complexo se não for tratado desde o início”, ressaltou Natália. 

Atendimento médico 

Na rede de saúde municipal de Contagem, o atendimento aos pacientes com suspeita de dengue é feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nas Centrais de Hidratação Eldorado e Ressaca. A assistência às crianças é feito nas UPAs Industrial (atendimento apenas pediátrico), Vargem das Flores e Ressaca, além do Centro Materno Infantil (CMI). 

Todo paciente passa por uma triagem, na qual será classificado de acordo com o estado de saúde atual e os fatores de risco. “O objetivo determinar o atendimento com base na necessidade real, dando prioridade aos casos mais graves e tratando os mais leves em tempo hábil”, explicou Natália Carolina. 

Os pacientes são definidos nos grupos A, B, C ou D, sendo eles: 

Grupo A: quando o paciente não se encaixa em nenhum grupo de risco e nem mesmo mostra sinais de gravidade. 

Grupo B: não há sinais de gravidade, mas o paciente pertence a um grupo de risco (menor de dois anos ou maior de 65 anos, gestante, obeso ou portador de doenças crônicas, uso de medicamentos que baixam a imunidade).  

Grupo C: apresenta os sinais de alarme, mas sem sinais de gravidade. 

Grupo D: quando o paciente apresenta sinais de agravamento da doença.  

Cuidados com cada grupo 

Todos passam por consulta médica, na qual são examinados para confirmar a suspeita de Dengue e seguir para o tratamento. “Os pacientes do grupo A geralmente recebem alta logo após a consulta e exames, com orientações para tratamento em casa. Eles ganham um Kit que contém soro para hidratação oral e medicação para dor e febre”, explicou a RT de enfermagem.  

Observando as orientações do médico sobre hidratação e repouso, os sintomas tendem a diminuir, mas podem durar normalmente entre 5 e 7 dias. Caso os sinais não cedam em até três dias com o tratamento, ou se agravarem, é indicado procurar novamente atendimento médico.  

Os pacientes classificados no grupo B fazem exames complementares. Se os resultados mostrarem que ele está clinicamente estável e fora de risco, o paciente receberá alta também com orientações de tratamento em casa. Caso contrário, será encaminhado para hidratação oral ou endovenosa na própria unidade, sendo reavaliado posteriormente. Se estável, recebe alta. Se ainda apresentar risco, passa para a classificação no grupo C. 

Já os classificados no grupo C, fazem exames laboratoriais para dengue, zika e chikungunya (arboviroses) e outros necessários, sendo acomodados nos leitos de enfermaria na própria unidade. Se mostrar estabilidade, poderão seguir para unidade de hidratação e depois receber alta médica. Em caso de agravamento, serão posteriormente encaminhados para o tratamento do grupo D.  

Os do grupo D passam pelos exames descritos para o grupo C, mas são encaminhados para os leitos de emergência das unidades, por apresentar maior risco. Em casos mais graves, o paciente pode ser transferido para uma UTI, recebendo cuidados intensivos para promover a estabilização. 

Risco de agravamento 

Natália Carolina reforça que a evolução da dengue em um paciente depende de vários fatores, mas que em todo caso é preciso ter atenção. “Mesmo um paciente que não se enquadra nos grupos de maior risco pode ter um agravamento da dengue e precisar de cuidados mais intensivos, por isso indicamos a busca por atendimento já nos primeiros sintomas”, alertou. 

Uma dúvida recorrente é sobre a dengue hemorrágica, nome dado aos casos graves da doença há alguns anos. “Todo caso de dengue pode se agravar e a hemorragia é uma das consequências possíveis desse agravamento. Tem casos em que um paciente chega na unidade e é classificado como grupo A, mas evolui rapidamente para o tipo C e precisa de um tratamento diferente”, explicou a RT de enfermagem.  

Todos os casos suspeitos e confirmados são notificados aos órgãos de saúde. As unidades de atendimento também fazem o acompanhamento dos casos. “O paciente pode voltar à unidade caso sinta a necessidade, como a continuidade dos sintomas, ou mesmo o médico indica um retorno após alguns dias para exames e reavaliação. Assim, conseguimos fazer um controle dos casos e acompanhar melhor os pacientes”, afirmou Natália Carolina. 

Vale lembrar que um paciente que teve dengue não cria imunidade à doença, correndo o risco de contrair outra vez. “Pode acontecer de que nesta reinfecção os sintomas sejam mais fortes, se não houver tempo necessário para que o corpo se recupere entre uma infecção e outra. Por isso, é sempre importante cuidar da nossa casa e do entorno, para reduzir a proliferação do mosquito”, concluiu Natália. 

Autor: jornalista Etiene Egg / Edição: João Cavalcanti
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