Inaugurada em resposta ao constante aumento do número de casos de dengue no município, a Central de Hidratação Eldorado vem se consolidando como referência em atendimento aos pacientes acometidos por esta arbovirose. Somente na primeira semana de funcionamento, a unidade recebeu 1.049 casos suspeitos de dengue, mantendo uma média de 135 pessoas atendidas por dia. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (14/02) pela Secretaria Municipal de Saúde de Contagem, o município conta com 6.178 casos notificados, 1.100 confirmados e 7 óbitos em investigação.
Na última quinta-feira (8/02), a prefeita de Contagem, Marília Campos, decretou Estado de Emergência em Saúde no município, juntamente com ações concretas de combate ao mosquito e para o cuidado com a população em sofrimento por causa da doença. Com isso, a Central de Hidratação teve dobrada a sua capacidade de atendimento, com reforço na estrutura e na equipe médica. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) também receberam mais profissionais nas equipes de plantão.
Para a diretora assistencial do Hospital Municipal de Contagem, Renata Graziela Soares, a Central de Hidratação Eldorado segue com uma demanda crescente, mas dentro do previsto. “Apesar da alta demanda, o aumento do número de leitos e o reforço da equipe médica possibilitou a manutenção da agilidade no atendimento, evitando represamento de demandas”, afirmou.
Os casos de dengue representam, hoje, cerca de 30% dos atendimentos nas UPAs. Historicamente, o período de Carnaval traz um aumento significativo na demanda nessas unidades. Foi para evitar a superlotação e manter a agilidade no atendimento à população que a Prefeitura de Contagem promoveu um reforço nas equipes médicas das UPAs e da Central de Hidratação.
Além disso, foi disponibilizada, também pela Prefeitura, uma equipe gestora para fazer um monitoramento constante das UPAs e da Central de Hidratação a fim de se verificar em quais unidades há um aumento mais significativo para que ações sejam tomadas no intuito de se encaminhar pacientes para onde seja menor o tempo de espera de atendimento. Todo esse esforço possibilitou que as unidades de saúde do município pudessem não só absorver a demanda crescente, mas que o fizesse de maneira ágil, digna e humanizada.
Atendimentos no Carnaval
Durante o período de Carnaval, o movimento nas UPAs de Contagem foi mais intenso do que nos anos anteriores, principalmente em função do aumento nos casos de dengue. De sexta-feira (9/02) até a terça-feira (13/02), foram atendidos um total de 6.652 pacientes nas UPAs do município. Considerando também os 731 atendimentos na Central de Hidratação, o número total foi de 7.383 pessoas atendidas, incluindo dengue e outros motivos.
“Historicamente, após o período de Carnaval, já existe um aumento de procura pelas Unidades de Pronto Atendimento. Como esse ano ainda acrescenta o fator arbovirose, que já tem representado 30% a mais de demanda nas UPAs nas duas últimas semanas, nós reforçamos as escalas médicas em todas as unidades, tanto para atender as pessoas durante Carnaval como também posteriormente”, ressaltou a diretora assistencial.
O número médio de atendimentos gerais nas UPAs é de 200 pacientes por dia por unidade. Durante os 4 dias de Carnaval, a média subiu para 260. “O esperado para as próximas semanas é que cada unidade atenda uma média de 300 pessoas, o que representa um aumento de 50% sobre a demanda normal das Unidades de Pronto Atendimento”, explicou Renata Graziela Soares.
Prevenção para frear a contaminação
Nesta quarta-feira (14/02), entre 7h e 10h da manhã, as UPAs de Contagem registraram 539 atendimentos. Considerando a média de 30%, são aproximadamente 161 novos casos suspeitos de Dengue. Esta informação reforça ainda mais a necessidade de cuidar da prevenção, evitando a proliferação do mosquito e, por consequência, a contaminação.
A Prefeitura de Contagem segue com 45 equipes circulando na cidade, identificando as necessidades e trabalhando para reduzir as possibilidades de contágio, além da intensificação dos mutirões de limpeza nos bairros e a aplicação de larvicidas nos locais identificados como foco do Aedes aegypti. O mais importante é que cada um faça a sua parte e que, juntos, haja o combate eficiente do mosquito transmissor da dengue e demais doenças.
