O aumento de casos de chikungunya no Estado e também em Contagem vem se mostrando preocupante. O município já registra elevação em mais de 400% de casos notificados em relação ao ano passado. Até o dia 28 de março, foram notificados 476 casos da doença, sendo 198 casos confirmados. Os distritos sanitários Nacional, Eldorado e Sede apresentam maior número de ocorrências.
A Prefeitura alerta a população para intensificação dos cuidados a fim de evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, o Aedes aegypti. É essencial a participação popular para a eliminação dos criadouros do mosquito, já que a maioria deles estão localizados em terrenos e residências.
Evolução da doença
A chikungunya é uma doença viral com maior incidência de casos nesta época do ano. Sua transmissão ocorre por meio da picada do mosquito, que adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado.
Febre alta, dor forte nas articulações com ou sem inchaço, manchas vermelhas na pele, coceira e dores de cabeça, são os sintomas mais comuns da doença. A chikungunya é dividida em três fases: uma fase aguda que dura dez dias, fase subaguda (ocorre em média em 60% das pessoas que apresentam a fase aguda) que dura até três meses e uma fase crônica que começa a partir dos três meses e pode durar até três anos.
O empresário e morador da região Sede, Jarles Rafael, que há um mês foi diagnosticado com chikungunya, contou que sentiu dores intensas no joelho e nas plantas dos pés, falta de apetite, e que ainda não está completamente recuperado. “Eu tive muito inchaço nas juntas, febre, coceira, dor no corpo e aftas. Até hoje não me sinto totalmente recuperado, ainda fico zonzo.”, relatou.
Prevenção ao mosquito
O Aedes aegypti é preto com listras brancas e suas asas são translúcidas. Ele costuma pôr seus ovos em recipientes úmidos que armazenam água, como: pneus, calhas, vasos e pratos de plantas, caixas d’água descobertas, entre outros.
Deste modo, é fundamental que a população redobre a atenção e faça sua parte, cuidando dos quintais, evitando o acúmulo de água em possíveis criadouros do mosquito.
Quem apresentar algum sintoma deve procurar atendimento médico na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência.
Cuidados a serem adotados em casa:
– Tampe os tonéis e caixas d’água;
– Mantenha as calhas sempre limpas;
– Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
– Mantenha lixeiras bem tampadas;
– Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
– Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
– Retire água acumulada na área de serviço, do recipiente de degelo de geladeiras e de trás da máquina de lavar roupa;
– Cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem;
– Limpe ralos e canaletas externas;
– Mantenha a atenção em bromélias, babosas e outras plantas que podem acumular água;
– Deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água.
(fonte: Ministério da Saúde)