A Prefeitura de Contagem trabalha para proteger a vida dos cidadãos o tempo todo. Esperada há décadas pela população, as obras de contenção de encostas da vila Soledade, em Nova Contagem, na região Vargem das Flores, estão a pleno vapor. As intervenções, que reduzirão consideravelmente os transtornos provocados por enchentes e deslizamentos, trarão alívio aos moradores, que comemoram o trabalho feito pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos - Semobs.
Quem sofreu na pele com esses problemas sabe a importância da chegada e andamento das obras. É o caso de Rosilene Rodrigues da Silva, que reside na Soledade há mais de 25 anos. “Na última chuva, os barrancos desmoronaram. O barro e as pedras chegaram até a invadir as casas. A obra trouxe mais oportunidades de continuar vivendo aqui. Será bom para todos. Estamos adorando e o bairro começou a valorizar”, contou.
Outro morador do local é também integrante da equipe de obras. Sidnei Ferreira de Souza vive na Soledade há mais de 15 anos. “Estava desempregado, procurei o canteiro de obras, que é logo de frente da minha casa. Apresentei meu currículo, fiz um teste e estou na obra. Me sinto feliz e agradecido por favorecer a população. Todo mundo aqui está gostando, elogiando muito esse serviço que a Prefeitura está fazendo”, afirmou. “Espero poder continuar em outras obras da Prefeitura”, completou. Ao todo, 90% do corpo de trabalhadores pertence à própria comunidade.
Quem também reside no local e colabora com a segurança geológica da região é Carlos Antônio dos Santos, morador da vila há 32 anos. Ele é integrante do Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil - Nupdec, grupo criado pela Prefeitura e que tem contato direto com a Defesa Civil de Contagem. O objetivo do núcleo é acompanhar e alertar as comunidades em casos de situações adversas nas obras ou de eventos naturais capazes de colocar em risco os moradores do entorno das intervenções.
“Trabalho monitorando as áreas de perigo e risco. Quando chove, a gente monitora 24 horas por dia. E tinha muita pedra e animais nocivos à saúde caindo aqui, e a gente sempre monitorando. Agora, essa obra de contenção é a nossa maior felicidade. Obra excelente e a Prefeitura pode contar com a gente”, disse.
A moradora Elisângela Lúcia de Santos de Deus lembra que ela e os vizinhos sentiram muito medo da rolagem das pedras pelas ribanceiras durante e após as precipitações. Havia risco do mineral atingir as crianças. “Não dormimos direito com medo das chuvas. De dia, é o medo das pedras caírem em cima dos meninos. Agora vamos viver mais tranquilos. A gente realmente esperava essas obras há muitos anos”, relatou.
O que é feito?
A Vila Soledade ocupa uma área de vale destinada originalmente para implantação de uma horta comunitária dada a suas características geológicas. No entanto, as ocupações no local foram se expandindo e atingiram a área de encosta do seu entorno, que é uma área de risco de escorregamento onde as obras se concentraram.
Na vila Soledade estão sendo construídos 33 muros de arrimos com alturas que variam de um a cinco metros e comprimento total de 968 metros. O local, que é cercado por encostas, receberá também obras de drenagem pluvial, adequação da rede de esgoto, instalação de guarda-corpo e pavimentação das vias com piso de concreto e asfalto.
Conjunto de obras
Além da Soledade, outras seis vilas receberão 111 intervenções de prevenção ao período chuvoso. São elas: na Regional Vargem das Flores, as vilas Soledade, Beira Campo, Estaleiro I e Estaleiro II; e na Regional Sede, as vilas Barroquinha A e B e Riachinho. O valor total dessas obras é na ordem de R$ 10,8 milhões, sendo os recursos oriundos do Ministério de Desenvolvimento Regional por meio da Caixa Econômica Federal - CEF.
De acordo com o subsecretário da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, Jaci Cota, a equipe monitora continuamente a evolução dos trabalhos. E além de garantir que as obras estarão finalizadas até o período das chuvas, afirmou que, se identificarem necessidade, farão intervenções em outros locais que não estão previstos.
“Na medida que vamos fazendo a intervenção, vamos identificando novos pontos que precisam de atenção. Então, nossa ideia de um modo geral é fazer um levantamento das novas demandas. Se for verificado necessidade, executamos sem pestanejar”, declarou.
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