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Notícias
ABR
08
08 ABR 2020
TRANSCON
Agentes da Transcon recebem doações de máscaras caseiras para trabalharem nas fiscalizações dos coletivos
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Os agentes de trânsito da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem (Transcon) estão realizando intenso trabalho de fiscalização nos coletivos que circulam na cidade. As ações tiveram início no dia 18 de março e seguem sem pausas. Esforços diários na luta contra a disseminação do novo coronavírus (Covid-19).

Os 46 agentes, divididos em três turnos, têm percorrido os locais que concentram maior número de viagens e passageiros, os pontos de controle das linhas, popularmente conhecidos como ponto final, e as garagens das empresas concessionárias. Deslocamentos necessários para verificar o cumprimento de horários, higienização e lotação dos coletivos que cruzam as vias do município. Quando constatada a superlotação, os agentes conduzem os passageiros excedentes para outro ônibus com assentos disponíveis.

Moradora de Belo Horizonte, a professora aposentada, Marília Rosário Pereira, de 67 anos, está sempre atenta à rotina da Transcon, pois a filha Mariele Marília Carlos Santos é agente de trânsito na autarquia. Em tempos de quarentena e conversas via aplicativos de mensagens, Marília recebeu dois vídeos enviados pela filha. Nas imagens, um agente de trânsito orienta passageiros e motorista sobre as medidas de precaução à Covid-19.

Marília, que é artesã, contou que lhe chamou atenção o agente não utilizar máscara. Atenta ao noticiário, viu as orientações do Ministério da Saúde para a confecção de máscaras caseiras e como e quando utilizá-las. Munida dessas informações, não hesitou e começou a confeccionar máscaras caseiras para doar aos agentes de trânsito de Contagem.

“Senti a necessidade (de doar as máscaras) devido à dificuldade do pessoal da Transcon de entrar dentro dos ônibus para falar a respeito do novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, tem de ser um tecido mais grosso, lavável, que pode colocar de molho por uns 20 minutos na água sanitária. Então decidi confeccionar com o tecido de pano de prato, porque ele é grosso, pode colocar na água sanitária e quanto mais coloca, mais clarinho fica”, afirmou.

Os agentes de trânsito receberam a doação na noite desta terça-feira (7). Junto das máscaras, veio um bilhete com orientações sobre o uso delas. No grupo de trabalho, um vídeo da artesã Marília, que disse estar muito contente em poder ajudar. “Fiz 56 máscaras para que vocês, agentes, se sintam seguros no trabalho que estão realizando nos ônibus e em outras repartições. Estou feliz porque estou ajudando, de alguma forma, vocês a ficarem mais à vontade para conversar dentro dos ônibus e lidar com o público”, disse.

O agente de trânsito Douglas Trindade, que aparece conversando com passageiros no vídeo assistido por Marília Rosário, disse que se sente mais seguro com o uso do novo equipamento. “A máscara é importante para nos proteger de alguma provável infecção. Como trabalhamos na fiscalização de transporte coletivo, carros e demais situações no que tange a trânsito, a máscara servirá, juntamente com as luvas, como uma forma a mais de precaução. Juntamente com a higienização das mãos, acredito que ficaremos livres da infecção”, contou.

Falta de máscaras e legislação

Na última quarta-feira, 1º de abril, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto sobre as dificuldades para aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais de saúde. Segundo ele, o Ministério da Saúde está comprando os equipamentos de fornecedores nacionais e internacionais, em grandes quantidades, mas a alta demanda mundial tem atrapalhado as aquisições.

“Nosso problema é que este vírus foi extremamente duro e derrubou, machucou, inutilizou, parou a produção dos equipamentos de proteção individual que hospitais utilizam no mundo todo. Há uma falta de EPI. A máscara que a gente usa, a luva, o gorro, não é só para o coronavírus, mas para todas urgências. Quando o sistema cai, cai para todo mundo. Ele não cai só para o corona, cai geral”, afirmou Mandetta.

O quadro também se repete na saúde privada. Segundo levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), divulgado também no dia 1ª abril, 20% das instituições associadas não têm estoques de material médico, essencial para impedir que os profissionais de saúde sejam infectados.

A assessora de Controle Interno da Transcon, Woiron Barbosa, explica que a falta desses produtos no mercado e as especificações técnicas, exigidas pela legislação trabalhista, tem impossibilitado a autarquia de adquirir os equipamentos para os agentes de trânsito, profissionais do grupo considerado essencial e expostos a contaminação.

“As máscaras indicadas pelas autoridades de saúde como EPI encontram-se em falta no mercado. Quando conseguimos encontrar qualquer quantitativo os fornecedores nos informam que, em face da situação crítica dos profissionais da área da saúde, precisam vender todo o lote disponível para os hospitais, sob pena dos atendimentos serem paralisados. Essa postura dos fornecedores é totalmente compreensível e tem o apoio da autarquia”, afirma Woiron.

Existe uma variação muito grande de máscaras ainda disponíveis no mercado, entretanto, por não se adequarem as normas técnicas não podem sem compradas pelo poder público. “Para a proteção dos nossos servidores, temos embasado as compras buscando seguir as orientações das autoridades de saúde e, por isso, buscamos itens que cumpram os requisitos da Norma Regulamentadora nº 6, do Ministério do Trabalho e Emprego. Assim sendo, se os itens não contiverem o Certificado de Aprovação expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, não são considerados EPI e, neste caso, não são adquiridos pela Administração Pública porque lhes falta a validação como equipamento de proteção individual”, conta a assessora.

Máscara caseiras podem ajudar

O Ministério da Saúde é categórico: o uso de máscaras é essencial para os profissionais de saúde e aqueles que estão doentes. Por outro lado, as pessoas que não apresentam sintomas podem utilizar as máscaras caseiras para reforçar a prevenção.

“Acho que máscaras de pano para os comunitários funciona muito bem como barreira. Não é caro de fazer, faça você mesmo, tem na Internet, faça você mesmo e lave com água sanitária, ou o nome que você conhece. Lave por 20 minutos, seque, tenha quatro ou cinco de uso pessoal, você mesmo lava, reaproveita. Agora é lutar com as armas que a gente tem”, orientou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

As orientações para a confecção das máscaras caseiras estão disponíveis no portal do Ministério da Saúde. Clique aqui.

Confira o modo de usar:

· Nunca compartilhar com outra pessoa, pois é de uso individual;

· Trocar de máscara a cada duas horas;

· Lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por 20 minutos;

· Deixar secar naturalmente;

· Após a secagem natural, pode utilizar ferro de passar;

· Se ficar úmida durante o uso, tem que ser trocada;

· Utilizar sempre que precisar sair de casa. Tenha uma reserva e lembre-se de guardar a suja em uma sacola.

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