Em 1938, Contagem perdeu novamente sua autonomia política, tornando-se distrito de Betim. Este período da perda da autonomia é conhecido no nosso meio como cativeiro da Babilônia.
Novamente, não são conhecidos documentos históricos que expliquem de forma adequada esse episódio. As explicações existentes pertencem à história oral.
Segundo uma dessas explicações, o então governador de Minas, Benedicto Valadares, teria telegrafado ao prefeito de Contagem, coronel Augusto Teixeira de Camargos, dizendo que passaria pela estação do Bernardo Monteiro e por Betim, então distrito de Contagem, antes de seguir caminho para Pará de Minas, sua terra natal. O prefeito ignorou a ilustre visita e o governador foi recebido pelo chefe da estação. Em Betim, ao contrário, Benedicto Valadares foi recebido com festa e banda de música. O governador passou o final de semana em Pará de Minas, mas não se esqueceu da ofensa. Na segunda-feira seguinte, através do programa noturno de rádio Hora do Brasil, anunciou a destituição de Contagem como município, rebaixando-o a condição de distrito de Betim, que foi elevada à condição de cidade naquele mesmo dia.
Outra versão para a perda da autonomia considera que o rebaixamento foi uma artimanha tendo em vista a desvalorização dos terrenos da região. Isso facilitaria a aquisição de terras pelas empresas interessadas na construção da futura Cidade Industrial, já em andamento.
Essa situação perdurou até 1948, quando Contagem recuperou sua autonomia amparada pela Lei 336, de 27 de dezembro. Para isso, foi importante a Constituição de 1947, que tendeu a reforçar o poder local. Pesou também a ação do deputado Lourenço Ferreira de Andrade, um defensores do restabelecimento de Contagem à condição de município.