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Notícias
OUT
03
03 OUT 2025
MEIO AMBIENTE
Contagem reforça ações para lidar com animais de grande porte soltos em vias
Foto Noticia Principal Grande
Foto: Semad/PMC
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Soltar animais de grande porte em locais proibidos ou em áreas abertas resulta em uma série de problemas. A conscientização e a responsabilidade no cuidado é fundamental

Em Contagem, todos os dias, a equipe da Superintendência de Defesa Animal recebe solicitações para o recolhimento de equídeos e animais de grande porte, como bois, vacas, suínos, que são soltos nas ruas, praças, áreas verdes e margens de córregos, além de denúncias de maus-tratos. Essa situação tem se tornado uma preocupação constante e também traz riscos à segurança da população, à saúde dos animais e ao meio ambiente.

O município mantém um canal direto para denúncias de violência contra animais. O Disque Denúncia funciona pelo whatsapp (31) 97306-5261 e recebe informações da população sobre casos de maus-tratos ou abandono.

Soltar animais de grande porte em locais proibidos resulta em uma série de problemas. Em vias públicas, eles representam risco de acidentes de trânsito, colocando em perigo tanto motoristas e pedestres quanto os próprios equídeos. Além disso, há impactos ambientais significativos como degradação de nascentes, poluição de córregos e áreas protegidas, além da sujeira causada por fezes e lixo espalhado. Outro risco frequente é a ingestão de sacolas e resíduos descartados nas ruas, o que compromete a saúde dos animais.

De acordo com a superintendente de Defesa Animal de Contagem, Mariana Liceia, grande parte das ocorrências registradas está diretamente ligada à forma inadequada de manejo pelos tutores. Para ela, essa prática inadequada contribui para que os animais fiquem expostos a riscos e ainda causem impactos à comunidade.

“Muitos animais são mantidos em áreas abertas, sem nenhum tipo de cercamento, ou em locais com cercas precárias, que não impedem a circulação. Essa conduta gera não apenas problemas para os animais, que ficam sujeitos a acidentes e doenças, mas também para a comunidade, já que compromete a segurança e a preservação ambiental”, explicou Mariana.

Para lidar com a situação, a Prefeitura de Contagem tem reforçado ações de conscientização junto aos tutores, com orientações sobre guarda responsável. As recomendações incluem a manutenção de local adequado e seguro para os animais, fornecimento de alimentação balanceada, espaço para descanso e acompanhamento veterinário regular. 

“Nosso trabalho é positivo para toda a cidade. Ele protege os animais, que deixam de ser expostos a situações de sofrimento, e também a população, que passa a frequentar espaços públicos mais limpos e seguros. É importante que a comunidade compreenda que esse esforço é diário e envolve dedicação das equipes”, destacou Mariana.

A ação diária das equipes reforça a importância da responsabilidade compartilhada entre poder público e tutores, no cuidado com os animais e na construção de uma cidade mais segura para todos. O procedimento de recolhimento desses animais começa com a equipe de recolhimento, responsável por atender às ocorrências registradas. Após a captura, os equídeos são levados para o curral municipal, onde recebem microchipagem, passam por avaliação veterinária e ficam sob cuidados até que os tutores façam a retirada. Para reaver o animal, é obrigatório o pagamento de taxas e diárias de manutenção.

Nos casos em que há indícios de maus-tratos, a fiscalização ambiental atua de forma mais rigorosa. O tutor é notificado e pode receber multa que varia de R$ 8 mil a R$ 35 mil, dependendo da gravidade. Em casos de reincidência, novas penalidades são aplicadas.

Além do recolhimento, a Prefeitura também atua na recuperação de animais vítimas de maus-tratos. Após atendimento médico-veterinário e período de cuidados, eles podem ser encaminhados para adoção. O processo, no entanto, exige comprovação de condições adequadas para a criação. O interessado deve possuir propriedade rural, espaço apropriado para pastagem e infraestrutura para alimentação e tratamento. O uso dos animais para tração é proibido.

Autor: Repórter Milla Silva / Edição Carol Cunha